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ARTIGOS

Ronildo Almeida
Diretor da CNTC - Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio do Brasil e presidente da UGT/Sergipe


Exigimos o respeito devido ao nosso papel social


07/04/2017

Interessante a posição crítica aos sindicatos sobre o seu sistema de custeio,  ora vinda de setores políticos  partidários, ora de segmentos da Justiça em todas as esferas, sem falar nas interpretações de procuradores do Trabalho em todo o Brasil. Talvez nós, sindicalistas, não atinamos ainda sobre  a importância do nosso papel.

 

Na nossa totalidade o que fazemos é, inclusive, substituir a ação do Estado, não só nas áreas da assistência médica e odontológica, como também em diversos outros segmentos, como inclusão social. Somos nós que estamos com quase todas as demandas dos Ministérios Públicos, quando somos acionados por diversas denúncias de descumprimento de leis , quando temos que acionar a Justiça em defesa da classe trabalhadora, sendo esses associados ou não aos sindicatos da categoria.

 

Na verdade, não é dada a devida importância à luta do sindicalismo sério brasileiro por grande parte de procuradores, que interferem até nas decisões das assembleias, reduzindo a importância da luta sindical e colocando os dirigentes como  usurpadores dos trabalhadores. A nossa defensiva faz com que sejamos marginalizados perante muitos trabalhadores e pela sociedade.

 

É importante que, diante desse desmonte de custeio, passemos para os fiscais da lei todas as demandas, conforme o papel de cada um, para que eles assumam diariamente, desde o papel das  homologações , mediações de conflitos , toda recepção ao atendimento de denúncias de irregularidades nas empresas muitas vezes resolvidas com as nossas interferências imediatas, consultoria a todos os trabalhadores e trabalhadoras e ações  individuais e coletivas. O que fazemos no dia a dia em nossas entidades é simplesmente lutar por novas conquistas para ao menos diminuir tantas distorções sociais , fiscalizar o cumprimento das leis e, hoje, com nosso poder limitado e com muita coragem, assumimos o papel do Estado.

 

Nós, sindicalistas, exigimos o respeito devido ao nosso trabalho ao papel social e reciprocidade nas nossas ações, ou teremos que na prática entregar, a quem devido for, os problemas de ordem social e legal que acabamos assumindo.  Talvez assim vários procuradores e críticos ferrenhos do sindicalismo sério possam quantificar o verdadeiro papel do sindicalismo. Sem “achismos”  ou denúncias anônimas, muitas vezes com interesses contrários a nossas organizações.

 

Temos certeza que, caso as entidades sindicais deixem de exercer esses papéis,  esses órgãos não terão condições de atender as demandas com as quais hoje trabalhamos: reivindicações , novas conquistas e mediações entre as partes, homologações, grande demanda de atendimento diário e imediato , Denunciando e exigindo o cumprimento de leis,  no desempenho amplo da defesa  de toda a classe trabalhadora, sem distinção de ser sócio ou não, trazendo benefícios para todos.




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