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ARTIGOS

Gelson Santana
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre


Um 2024 próspero para trabalhadores. E não foi presente de Noel


11/01/2024

Eu acredito que quanto mais eu trabalho mais sorte eu tenho.” (Thomas Jefferson). Os trabalhadores da construção civil no Brasil já vivenciaram, infelizmente, momentos complexos, mas a intenção desse artigo é expressar nosso otimismo com o ano que está iniciando. Não é um desejo. É realidade. Todos os analistas econômicos e especialistas do setor afirmam com muita clareza que teremos um ano muito melhor do que o encerra.Mas, para nós materializadores do sonho de todos os brasileiros, a importante notícia é a retomada do programa “Minha Casa, Minha Vida”. A retomada do mesmo tem uma relevante repercussão na geração de emprego e ativação de toda a cadeia produtiva do setor (insumos e prestação de serviços). Isso repercute na economia de maneira instantânea com os trabalhadores proporcionando mais consumo e qualidade social para seus familiares. Desde o aumento do consumo no armazém da esquina onde mora até melhorias na sua moradia.No entanto é necessário alertar a categoria que para aproveitar as oportunidades que surgirão é fundamental ampliar suas qualificações profissionais. A falta de mão de obra qualificada valorizará ainda mais o trabalhador.Claro que para o trabalhador desenvolver sua qualificação é indispensável que o empregador reduza sua carga horária caso contrário é humanamente impossível que alguém que acorda antes das 5h da manhã e saía do trabalho às 17h vá assistir aulas e chegue em casa após às 23h. O benefício da redução da carga horária para qualificação é um dos tantos benefícios expressos na Convenção assinada pelo sindicato patronal do setor, Sinduscon, com o Sticc.Dito isso, é importante que o trabalhador tenha consciência de que as oportunidades cresceram, na medida que amplie sua formação, e isso terá reflexo direto no melhor viver e proporcionar mais educação para seus filhos e filhas. Poderá ter um deles, engenheiro de destaque, que responder: seu pai fazia o quê? Ele com muito orgulho responderá: sou filho de trabalhador da construção. E o pai pensará: quanto mais trabalhei e me qualifiquei, mais “sorte” minha família teve. É claro, esse ano será frutífero para nossa categoria e não foi presente do Papai Noel.Gelson Santana, Presidente do Sticc, Diretor da UGT e membro do Grupo de Trabalho para melhorias das condições de trabalho do setor – Ministério do Trabalho.




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