Paulo Rossi
Presidente da UGT-PARANÁ, do SINEEPRES e Secretário de Relações Internacionais da FENASCON
05/01/2018
O Ministério do Trabalho divulgou, quase no fim do ano, na quarta-feira (27/12), os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), e o resultado foi que a nova legislação trabalhista, tão propagada pelo (des)governo Temer e pelo empresariado, capitaneado pela Fiesp – Federação das Indústrias de São Paulo, não surtiu o efeito desejado: Foram exatos 12.292 postos a menos de trabalho no mês de novembro/2017.
Esse resultado somente não foi pior tendo em vista que o setor do comércio - em virtude do natal, contratou mais do que demitiu. Mas o que nos preocupa é que a agricultura, a indústria de transformação e a construção civil foram as campeãs no quesito demissão, em especial na região sul e sudeste, ou seja, onde se encontram os estados mais ricos do Brasil.
Infelizmente, esses dados divulgados pelo próprio governo, desmentem o que foi amplamente repetido na velha mídia: Que a reforma trabalhista iria gerar milhões de empregos. Uma falácia!
O próprio Banco Mundial, em estudos recentes, comprova que o que gera empregos são os investimentos, principalmente em infraestrutura, algo que não vimos até agora por parte deste fratricida governo.
A nova legislação trabalhista, aprovada pelo Congresso Nacional, simplesmente retirou direitos dos menos favorecidos e criou formas escravagistas de trabalho em pleno século XXI, dentre as quais o trabalho intermitente, cujo trabalhador que se submete a isso (ficar em casa aguardando o patrão chamá-lo para prestar serviços), ganha cerca menos de 1 quinto do salário mínimo nacional. Talvez isso explica os baixos índices de aprovação do ilegítimo Michel Temer e da sua base aliada no atual parlamento, ambos a serviço do mercado internacional, sem se importar minimamente com o ser humano.
Diante dos fatos, fica a nossa pergunta: Cadê os empregos, Temer?
UGT - União Geral dos Trabalhadores