Luiz Carlos Motta
Deputado federal (PL/SP), em exercício. Presidente da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo (Fecomerciários), vice-presidente da UGT Nacional
11/10/2016
O 25º Congresso Sindical Comerciário do Estado de São Paulo superou as melhores expectativas dos cerca de mil congressistas que participaram do evento, de 5 a 7 de outubro, em Mogi das Cruzes, em torno do tema: “Unidos por Emprego, Salário e Direitos”.
Aprovadas por unanimidade, as deliberações (ver nesta página) agrupam o posicionamento da nossa Federação e seus 69 Sindicatos Filiados para enfrentar o desemprego, o arrocho salarial e os ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários.
Além de ter sido considerado por todos como propício, ou seja, ter sido realizado no momento ideal, ante as ofensivas retrógadas contra trabalhadores e entidades sindicais, nosso Congresso comemorou, com exclusividade, a marca de vinte e cinco realizações anuais e ininterruptas.
UGT e CNTC
Este Congresso, assim como os 24 já realizados, teve como meta tirar diretrizes para fortalecer a luta comerciária em toda nossa base territorial. É o cumprimento unitário e imediato destas diretrizes que, agora, potencializam nossas atividades em todo o Estado. E, também, no Brasil, uma vez que, como aprovado, a temática abordada no 25º Congresso deve ser discutida pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) em eventos similares.
Em 25 anos nossos Congressos enfrentam e discutem diferentes assuntos e situações econômicas, políticas, trabalhistas e sindicais. Mas jamais o realizamos num cenário tão delicado e de crises generalizadas como este. E todas de uma só vez!
Se não, vejamos: impeachment da Presidente da República, escândalos de corrupção devido a Operação Lava Jato, inflação alta, recessão com retração na indústria e no comércio, aumento no custo de vida, arrocho salarial, juros a 14,25%, inadimplência, famílias endividadas e doze milhões de desempregados.
A aprovação unânime das nossas deliberações demonstra que não seremos passivos diante da apresentação de soluções imediatas, defendidas pelo governo, para o Brasil retomar o desenvolvimento econômico; soluções que são nocivas para os trabalhadores de hoje e de amanhã.
Resistência
Saímos do 25º Congresso com o compromisso de enfrentarmos, ainda mais unidos, desafios que exigem mobilização constante. A palavra de ordem é resistência para garantirmos dignidade, empregos, salários e direitos.
Vale observar que a Pauta Trabalhista Unitária do movimento sindical está parada no Congresso Nacional há muito tempo! Ela seria a plataforma ideal para iniciarmos um produtivo diálogo com o governo federal.
Para evitar que as medidas do anunciado ajuste fiscal imponham mais sacrifícios para o trabalhador, além deste diálogo com o governo, é imprescindível contarmos com a unidade de ação do movimento sindical. Precisamos unificar e intensificar as nossas lutas, independentemente de Central Sindical, categoria ou ideologia que defendemos.
Fazer valer a chamada convergência na divergência é o melhor caminho para o movimento sindical e o governo encontrarem alternativas para tirar o Brasil da crise.
Para tanto, sigamos juntos e fiéis aos nossos ideais, unidos e confiantes na apresentação de alternativas para atingirmos a tão esperada retomada do crescimento econômico brasileiro e com urgência.
UGT - União Geral dos Trabalhadores