Paulo Rossi
Presidente da UGT-PARANÁ, do SINEEPRES e Secretário de Relações Internacionais da FENASCON
30/04/2015
Um dia de reflexão para a classe trabalhadora
A OIT - Organização Internacional do Trabalho, da qual o Brasil é país membro, define o Trabalho Decente como sendo: “Um trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna".
Desta forma, a UGT - União Geral dos Trabalhadores acredita que o Trabalho Decente é uma das condições fundamentais para a erradicação da pobreza, acabando com as desigualdades sociais, promovendo o equilíbrio nas relações modernas de produtividade e da comercialização de bens de consumo e serviços e garantindo o estado democrático.
Mas, para alcançarmos os valores sociais preconizados pela OIT, a UGT vem promovendo uma ampla discussão nacional, levando às categorias profissionais a importância da manutenção de uma Agenda Sindical dos Trabalhadores. É na esfera do poder legislativo municipal, estadual e federal onde são criadas as Leis que interferem diretamente na vida da população brasileira. Portanto, é nesse cenário político que a UGT e seus sindicatos filiados firmam suas bandeiras de lutas, como por exemplo:
• Redução da jornada de trabalho sem redução de salários;
• Salário digno para trabalhadores e aposentados;
• Igualdade de salário para homens e mulheres;
• Fim do fator previdenciário que penaliza os aposentados e aposentadas;
• Ratificação das convenções da OIT que trata dos direitos dos servidores públicos (151) e demissão imotivada (158);
• Redução dos juros e a devida correção do Imposto de Renda;
• Investimentos reais na saúde, educação, segurança, transporte e moradia;
- Redução dos juros abusivos dos cartões de crédito;
- Reforma tributária e fiscal.
Essas são algumas das bandeiras de luta que a UGT considera prioridade para os trabalhadores. Mas, para que haja mudanças de fato, é preciso uma grande união de sindicatos e centrais sindicais para exercer uma vigilância constante no poder legislativo e executivo.
Por isso, a UGT convoca os trabalhadores e trabalhadoras a uma reflexão: Qual nosso real papel em nossa comunidade, no nosso bairro, no trabalho, em nossa cidade, no estado e no país? Seremos sempre oprimidos pelo sistema capitalista?
É hora de dar um basta! Trabalhadores e Trabalhadoras do campo e da cidade unidos por um Brasil mais digno e mais justo.
Em tempo: É inadmissível ações de truculência contra os servidores públicos como as que aconteceram no dia 29/4, em Curitiba. A UGT, como uma central sindical cidadã, ética e inovadora, defende o Estado Democrático de Direito e espera que o bom senso volte a prevalecer entre as partes.
Sem motivos para comemorar o 1º de maio, peço para refletirmos: Que país queremos no futuro?
UGT - União Geral dos Trabalhadores