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Nem tudo que reluz é ouro


18/07/2014

Desde o inicio do ano, grande parte da imprensa brasileira pintava o quadro de que esta Copa seria um perfeito cenário dantesco. Que os aeroportos ficariam lotados, que os vôos atrasariam, que o transporte público entraria em colapso, que as obras estariam inacabadas, que haveriam imensas filas para os jogos, que as manifestações seriam violentas e incontroláveis, enfim, que assinaríamos um atestado de incompetência perante toda comunidade internacional.

 

Até o atacante Ronaldo, “estranhamente”, depois de integrar a comissão de preparativos para o evento, mudou de opinião drasticamente, afirmando estar envergonhado com a preparação brasileira para a Copa. 

Mas o que haveria por detrás desses apontamentos tão sombrios? O que escondia todo este pessimismo contra a Copa??? Até para os mais desavisados ficou claro, a disputa eleitoral que se sucede em nosso país, em 2014. A fim de desgastar o Governo Dilma, a oposição não mediu suas ações, mesmo que estas fossem contra o interesse da maioria da população.

 

No final, nada disso aconteceu. Os aeroportos comportaram a demanda, assim como as demais estruturas necessárias. O ambiente foi de total segurança, festivo e, sobretudo, de hospitalidade, sem o caos tão preconizado pela oposição, através de sua correia de transmissão, a mídia.

 

Como a festa foi um sucesso, com estádios lotados, uma organização exemplar e milhares de turistas movimentando a economia interna do país, impossibilitando qualquer espaço para o pandemônio, o que restou foi surfar a onda.

 

Mas como já é comum vermos, num perfeito ataque de esquizofrenia, que lhes é bem pertinente, a mesma mídia que estava todos os dias ovacionando a equipe de Neymar e Felipão, com editoriais e opiniões que denotavam uma seleção alegre, feliz, enfim, um grupo unido, ao sofrermos a derrota para a Alemanha, rapidamente transformou o tom e elevou as críticas àquela que já apontam como a pior seleção dos últimos tempos. 

Mesmo aos trancos e barrancos, como na sofrida vitória contra o Chile, estavam lá, como perfeitos urubus na carniça, sempre exagerando na exposição, cobrindo os treinos, concentração e entrevistas aos finais das partidas. Principalmente a Rede Globo, que se beneficiava com links diretos e participação ao vivo em programas de TV, criando mais e mais expectativas nos milhares de lares brazucas. Sempre escondendo debaixo do tapete a verdadeira realidade e o colapso do futebol brasileiro, com sua cartolagem, privilégio e cifras.

 

Mas o pior ainda estava por vir, enquanto a seleção seguia vitoriosa em sua empreitada, buscavam desvincular o futebol da política. Pois, como insistiam, o futebol é um bem comum, uma paixão nacional. Porém, bastou a derrota fatídica, para que o discurso mudasse radicalmente, e agora, ardilosamente estampam jornais e criam manchetes colocando o fracasso em campo na conta da presidenta.

Resumindo, apostaram no fiasco do evento, o que não deu certo. Depois, quando acharam que podíamos vencer, falou-se, até, em estar tudo comprado. DISCURSO QUE VEIO ABAIXO AO PERDERMOS, NUM BELO CHOCOLATE, DE 7X1.

 

Agora, como que numa pegadinha do malandro, já que a obrigação política era de viabilizar a Copa, não de vencê-la, a língua da vizinha subestima a inteligência do povo, e brada a todos os cantos histericamente, estampando em suas manchetes: “A CULPA É DA DILMA”!!! Mas como diz um velho ditado, “nem tudo que reluz é ouro”.

 

Por Marco Aurelio de Oliveira, Presidente do Sintratel




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