Enilson Simões de Moura
Vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores
26/12/2022
Não nos enganemos. O plano para explodir um caminhão em Brasília não foi fruto do pensamento de um lunático. O sujeito em questão – George Washington de Oliveira Sousa - estava com mais de cento e quarenta mil reais em munições em sua posse. Trabalha como gerente de posto de gasolina em Xinguará no Pará. Sua esposa foi beneficiária do “auxílio emergencial” e, ainda assim, sem trabalhar ha dois meses, teve recursos para alugar um apartamento em Brasília. Deixou sua família para essa “aventura”. Sózinho?
Nos podemos nos esquecer que Bolsonaro deixou o exército pela porta dos fundos após participar de uma ação terrorista. O Rio-Centro foi uma tentativa frustrada de militares de promover uma matança em um primeiro de maio.
Quando a ditadura militar respirava por aparelhos e alguns membros da chamada “linha dura” se mostravam renitentes em passar o poder aos civis, passaram a promoveram explosões em bancas de jornais e também assassinaram a secretária da OAB com uma bomba. Pretendiam promover o caos e impedir a “abertura”.
No ato terrorista atual, promovido por gente abrigada e protegida em frente ao QG do exército em Brasília, os militares nos devem explicações.
Ainda na noite de Natal, foram encontrados, depois de denúncia anônima, cerca de 40 kg de explosivos além de coletes à prova de balas em área de mata no Gama, no DF. Tudo leva a crer que esse material seria complementar ao ataque ao aeroporto. Será que ainda há mais explosivos por aí?
Como esse tipo de munição, de uso exclusivo do exército, foi parar nas mãos dos terroristas?
Como realizou o transporte desse arsenal sem ser incomodado?
O que fazia um caminhão com vinte e cinco mil litros de querosene em uma via pública sem nenhuma segurança?
Até que ponto a impunidade aos atos terroristas em Brasília – quando tentaram invadir o prédio da PF- estimularam o ataque frustrado?
O atentado seria o que esperam os bolsonaristas depois das tais “setenta e duas horas”?
A ABIN, o GSI, a “inteligência” do exército, da PM nada sabiam sobre o plano? Será que querem nos fazer crer que não estão infiltrados nesses grupos?
Queremos saber!!!
Enilson Simões de Moura – Alemão
Vice-Presidente Nacional da UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores