26/01/2009
Marcos Afonso de Oliviera
A partir desta terça-feira (27) até o primeiro dia de fevereiro, com muita propriedade, Belém do Pará passa a ser o foco das atenções mundiais. A cidade foi escolhida para sediar a nona edição do Fórum Social Mundial. Por se tratar de um evento que, de forma direta ou indireta envolverá os trabalhadores, a UGT (União Geral dos Trabalhadores) confirmou, com antecipação, a sua presença com uma delegação de aproximadamente 250 delegados, onde também me incluo que se somarão as 270 mil pessoas que passarão por lá.
Durante seis dias os participantes desse fórum estarão discutindo temas de relevância importância em especial àqueles relacionados ao meio ambiente. Belém integra a região amazônica que tem um papel estratégico para a melhoria da qualidade de vida da humanidade. É nessa região onde se situa as riquezas culturais e ambientais que, lamentavelmente, estão em risco de aniquilação. É na Amazônia que está a maior biodiversidade do planeta, muito difundido, mas nem sempre levada a sério pelo próprio homem que insiste em acabar com tal riqueza que nos foi dada pelo Criador do Universo. É bom que se explique que isso vem acontecendo mais em razão da ineficiência dos governos em coibir.
Mas o Fórum Social Mundial vai além. Com o advento da crise econômica mundial, os países participantes vão dedicar espaços para, não solucionar a questão, até porque não é função desse evento. Os delegados procurarão sim, encontrar mecanismos para que a sociedade não sofra as reais conseqüências dessa crise. Aliás, crise que já se encontra na sua fase final, digamos, mas que, se não forem tomadas providências, os efeitos poderão ser maiores que as causas. Seria interessante que esse fórum elaborasse um documento com vistas a evitar que no futuro ocorressem crises como essa ou até piores. Pessoal competente para isso o FSM terá, com certeza principalmente aqueles que legitimamente estarão representando a parte mais sofrida, no caso a comunidade.
Só nos resta aqui desejar a todos os participantes, sucesso nessa difícil empreitada que é o Fórum Social Mundial. Entendemos que uma semana é pouca para a discussão e avaliação de tão extensa pauta. Por isso é imperioso que cada cidadão ou cidadã integrante do FSM dedique ao máximo de seu tempo e de seus conhecimentos. Que encarem esse evento como se fosse um laboratório de pesquisas científicas onde cientistas se reúnem para pesquisarem uma grave doença que está destruindo a humanidade e, com isso, tentam criar um antídoto para salvar aqueles que ainda restam.
(Marcos Afonso de Oliveira é Secretário Nacional de Divulgação e Comunicação da UGT).
UGT - União Geral dos Trabalhadores