Enilson Simões de Moura
Vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores
02/11/2021
Onix Lorenzoni, atual ministro do trabalho, possui intimas relações com a indústria armamentista e foi um dos responsáveis pela atual proliferação de armas pelo país. Apenas da Taurus, Onix recebeu mais de duzentos mil em duas campanhas, não é por outro motivo que ele é considerado integrante ativo do chamado “lobby do gatilho”. Assim, que Onix seja um entusiasta da morte do alheio não chega a ser propriamente uma novidade.
Eis que agora, esse desqualificado, esse ser abjeto, resolve passar por cima das instituições, inclusive do Tribunal Superior do Trabalho e liberar que, aqueles que desejam espalhar novas cepas do coronavírus, o façam sem o menor problema.
Sua Portaria, impedindo a demissão de quem não quer se vacinar é uma ode à imbecilidade, à cretinice. Sabe que sua Portaria não vai prosperar, mas quer agradar ao patrão como um cachorro que corre em busca do pau arremessado e, ao trazê-lo de volta, fica abanando o rabinho para o dono.
O Brasil está saindo – ainda não saiu – de uma pandemia que ceifou mais de seiscentas mil vidas, abalou a economia e levou – com a ajuda do governo – milhões ao desemprego. As cenas de pessoas disputando o lixo dos caminhões e roendo ossos nos choca diariamente.
Em meio a esse cenário de caos, que a CPI muito bem denunciou, com Bolsonaro receitando remédios ineficazes acobertado por entidades médicas vendidas, quando pensamos que estamos finalmente respirando e tirando aos poucos as máscaras, eis que surge esse cavaleiro do apocalipse com sua espada de morte incentivando o gado bolsonarista a afrontar mais uma vez o judiciário.
Parabéns ao Superior Tribunal do Trabalho que já sinalizou sobre legitimidade de se demitir funcionário negacionista. Essa Portaria está fadada a ficar apenas como mais um testemunho desses anos em que o governo foi liderado pela mais superior paspalhice, pela mais desavergonhada equipe que, como nunca neste país, se orgulhou de suas estupidez e canalhice.
Que passem logo para as páginas mais obscuras da história.
UGT - União Geral dos Trabalhadores