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A vacina chegou depois de uma longa guerra política vergonhosa. A grande vitoriosa foi a sociedade, depois de muita pressão em cima das autoridades. Somos um dos últimos países do mundo a começar a vacinação. A campanha mal começou e já está acabando o estoque. A torcida é para que chegue mais matéria-prima. Colocamos os nossos 1.300 sindicatos à disposição do Ministério da Saúde para a imunização. Somos solidários.

O fim do auxílio emergencial, se não for reestabelecido, vai nos trazer a pandemia da miséria. A da fome já temos, segundo pesquisa do IBGE, divulgada recentemente, com 10 milhões de famintos. O desemprego está aumentando. Ninguém sabe o número correto. Seriam 14,2 milhões, pelo Caged. Mas pode chegar a 20 ou 23 milhões. 

As pesquisas só contabilizam quem procura emprego. 

Cresce a informalidade. Já temos mais de 68 milhões nessa condição, desprotegidos de qualquer direito. Numa atitude humilhante ao nosso país, a Ford foi embora, mesmo tendo recebido R$ 7,5 bi em subsídios, nos últimos cinco anos, e empréstimo de R$ 350 milhões do BNDES.  Deixou pelo menos 118 mil desempregados, direta ou indiretamente.

Diante de tudo isso, a nossa central só tem um caminho: trabalhar ainda mais na defesa dos direitos dos trabalhadores. Lutar pelo fortalecimento das entidades sindicais, especialmente com a prestação de serviços, e encontrar saída para a qualificação profissional, único caminho para o acesso ao mercado de trabalho. Mesmo com as restrições a viagens e a necessidade cada vez maior do distanciamento social, estamos trabalhando. Já fizemos reunião com a nossa estadual de Goiás. E, agora, nessa quinta, estaremos em Salvador, na Bahia.  Depois, iremos aos outros Estados.   

A UGT nunca parou e nem pode parar!!!!