Ricardo Patah
Presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores - UGT
19/02/2018
O Brasil precisa se mexer rapidamente e ajudar os venezuelanos que estão em Roraima e outros Estados brasileiros. Já teriam entrado em nosso País cerca de 77 mil imigrantes, muito mais dos que os 40 mil que vivem em Roraima. São vítimas de uma tragédia econômica e social, produzida pela ditadura de Nicolás Maduro. Fogem da fome, do desemprego e da hiperinflação.
A UGT (União Geral dos Trabalhadores) entende que o atual governo da Venezuela está criando um verdadeiro genocídio, provocando mortes por desnutrição e escassez de alimentos. Pesquisas de universidades venezuelanas indicam que a população já emagreceu 6,8 k, em média, desde a posse de Maduro.
O Brasil recebe os imigrantes. Mas demora para dar ajuda. Isso já aconteceu com os haitianos. Eles vieram para a Amazônia, a partir de 2010, e só muito tempo depois o governo federal se mexeu. Os venezuelanos estão vindo para cá desde 2015 e só agora o presidente Temer visitou Roraima, onde estão 40 mil deles, na capital, Boa Vista (10% dos 330 mil habitantes da cidade).
Isso torna urgente que os governos (municipal, estadual e federal) realizem ações concretas de solidariedade e disponibilizem recursos para administrar a chegada dos nossos irmãos venezuelanos, assim como a manutenção do emprego, da qualidade de vida e, principalmente, da segurança também dos moradores locais.
UGT - União Geral dos Trabalhadores