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UGT Press 445: Smartphones


05/05/2015

VOTORANTIM: um dos maiores grupos privados do país tem se mostrado extremamente eficiente, mesmo em tempos de crise. É o grupo da família Ermírio de Moraes. Teve bom lucro em 2014 (1,7 bilhão de reais) e a surpresa do resultado foi a parte obtida na comercialização de energia elétrica. Há anos a Votorantim vem investindo na produção própria de energia. Hoje, ela comercializa os excedentes, mas o resultado foi tão bom que há uma tendência interna olhando para a possibilidade de aumentar os investimentos na área, especialmente em parques eólicos e também nas chamadas “pequenas hidrelétricas” (PCHs). O consultor da Tempo Presente, Ricardo Lima, concorda com a disposição de se investir na geração de energia porque “há muitas oportunidades na energia eólica, na solar e nas PHCs, que voltaram a ter preços competitivos” (Estadão, 04/03). O caso da Votorantim é emblemático e nos remete à estratégia empresarial, na qual a independência e autonomia produtivas são relevantes e fatores de sucesso. Se dependentes do fornecimento de terceiros, a Votorantim teria custos mais altos e menos lucros. Como procurou suprir-se de energia própria, teve custos mais baixos e ainda incrementou os seus lucros com a produção excedente.

 

SMARTPHONES: leia: “Há 2 bilhões de pessoas em todo o mundo usando smartphones que têm uma conexão de internet e uma tela de comando por toque ou algo assim com interface. No fim da década, esse número provavelmente dobrará para pouco mais de 4 bilhões, segundo Benedict Evans, da Andreessen Horowitz, uma empresa de capital de risco. Já enormemente atrativo – cerca de 500 milhões serão vendidos na China este ano – os smartphones estão ficando mais úteis na ponta superior e muito mais baratos na inferior” (The Economist, reproduzida no Estadão, em 03/03). Há modelos na Índia sendo vendidos por 40 dólares. Anote aí: de 2009 a 2013 – cinco anos – a indústria do setor investiu 1,8 trilhão de dólares; a velocidade de download aumentou 12 mil vezes no mesmo período; houve sensível redução nas taxas por megabyte; a Apple teve o último trimestre mais lucrativo de sua história; o mercado de aplicativos cresce exponencialmente, calculando-se a existência de 3 milhões deles; o seu banco já lhe oferece de graça aplicativo para o controle de sua conta; amanhã você vai medir a temperatura do corpo e também da sua glicose; as baterias estão cada vez menores e a duração cada vez maior; será o fim do controle remoto, pois os smartphones farão isso por você; você não precisará mais ir ao supermercado e muito mais. É realmente impressionante, mas: a) isso alterará substancialmente a forma de relacionamento entre as pessoas e ainda não estamos preparados; e b) isso modificará dramaticamente as relações de trabalho, pois tudo pode ser feito a qualquer hora ou em qualquer lugar, mas será que o seu Sindicato está pensando nisso?

 

HOJE APPLE, AMANHÃ XIAOMI: a Xiaomi é uma empresa chinesa que combina sofware, serviços de internet e hardware. Com aspirações globais, na China ela é campeã, superando as demais concorrentes, entre estas as poderosas Apple e Samsung. O objetivo para 2015 é vender 100 milhões de smartphones em todo o mundo, mas a empresa sabe que uma coisa é o mercado interno e outra o externo. O presidente da Xiaomi, Lei Jun, disse que sua empresa está criando uma série de aplicativos voltados para “casas inteligentes” do futuro. Os especialistas calculam que seu valor de mercado vai atingir 50 bilhões de dólares num futuro bem próximo. O Brasil está nos seus planos.

 

PROPRIEDADE INTELECTUAL: nesses grupos de eletrônicos, estão previstas muitas guerras entre empresas, especialmente litígios no campo da propriedade intelectual. A Samsung, por exemplo, já foi alvo de ações por parte da Apple. A própria Xiaomi está sendo alvo de ação na Índia porque desobedeceu a uma determinação de parar de vender alguns de seus telefones, justamente em função de um processo sobre patentes. A A123 Systems acusou a Apple, fabricante do iPhone, de roubar seus engenheiros para desenvolver um projeto de carro elétrico. Segundo o jornal “O Estado de São Paulo” (05/03), a Apple está procurando fazer um acordo com a empresa de baterias, visando desimpedir suas pesquisas. Com isso, já se suspeita que os carros elétricos serão realmente um dos produtos do futuro próximo. Onde o Brasil está nessa?  




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