29/07/2014
"COLETIVA DA CBF: "A coletiva da CBF depois do 7 a 1 me proporcionou uma surpresa, num dia em que não esperava me surpreender com mais nada, depois do que aconteceu em campo. O extraordinário espetáculo de evasão de responsabilidade; as platitudes oportunistas sobre a relação entre futebol e a vida; a lamentável leitura da carta da D. Lúcia que fez um grupo de marmanjos parecer crianças chorando pela mãe depois de apanhar no recreio da escola; e, afinal, a impressionante deferência demonstrada por parte da imprensa esportiva com o grupo que tinha acabado de comandar o pior vexame do futebol brasileiro de todos os tempos" (Lúcia Guimarães, colunista do Estadão, em 14-07-14).
ECONOMIA BRASILEIRA: "Depois de ter se recuperado bem dos problemas financeiros de 2002, registrando alto crescimento e notável redução do déficit fiscal, a economia brasileira estagnou. Nos últimos tempos, está abaixo do PIB potencial e da aspiração genuína de muitos brasileiros. O ambiente externo fluído explica parte desse desapontamento. Tem sido mais difícil para toda economia emergente operar em um mundo que sofreu o impacto das políticas monetárias experimentais dos bancos centrais da Europa, Japão e Estados Unidos. Mas também há razões domésticas. Em vez de empurrar a economia com políticas bem adaptadas às circunstâncias atuais do país, o governo prefere retomar políticas menos efetivas. Ao mesmo tempo, houve progresso insuficiente na segunda geração de reformas estruturais". (Mohamed El-Erian, executivo mundial que faz parte do Conselho de Desenvolvimento Mundial, criado pela Casa Branca, Estadão, 13-07-14).
PROTESTOS: "No balanço de um junho a outro o que fica? Mudou a atitude do Executivo Federal, que rumou para o diálogo com os movimentos sociais. Já a conduta da polícia permanece inalterada, parecida ainda àquela que levou cidadãos sem vínculos com movimentos ou partidos a engrossarem o protesto de 2013. Quanto ao protesto, estão se esmaecendo as inovações de símbolos, táticas e formas expressivas de junho passado. A criatividade deu lugar a uma rotinização das manifestações, retornaram os atores tradicionais e o velho repertório socialista. A ideia de refundação da política, tão alardeada em junho passado, está se esfumando e o próprio protesto vai perdendo sua aura" (Angela Alonso, professora da USP, jornal Valor Econômico, em 20/06/14).
PETRÓLEO: "A marca dos 500 mil b/d do petróleo do pré-sal já poderia ter sido alcançada e até mesmo superada caso se tivesse dado continuidade aos leilões de áreas exploratórias e caso fossem garantidas a segurança jurídica e a estabilidade regulatória, com a manutenção do modelo de concessão. Imaginem se o Campo de Libra tivesse sido leiloado em 2009, em vez de 2013. Uma comparação pode ser feita com o que ocorreu com o desenvolvimento do petróleo não convencional nos Estados Unidos, o chamado "tight oil". Enquanto a produção brasileira esteve estagnada e o pré-sal se desenvolvia até alcançar os 500 mil b/d, a produção do "tight oil" cresceu de menos de 1 milhão de b/d, em 2010, para mais de 4 milhões de b/d, em 2014, um ritmo muito mais acelerado" (Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Estadão, 14-07-14).
EDUCAÇÃO SUPERIOR NOS ESTADOS UNIDOS: "Nos Estados Unidos, a dívida dos estudantes, hoje superior a US$ 1,2 trilhão (maior do que a dívida contraída com cartões de crédito), está se tornando um grande ônus para os recém-formados e para a economia. O modelo financeiro falido dos Estados Unidos para a educação superior é uma das razões pelas quais, agora, no país existe a menor igualdade de oportunidades, com as perspectivas, para um jovem americano, de depender mais de renda e da educação dos seus pais do que em outros países avançados". (Joseph E. Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, Estadão, 12-07-14).
UGT - União Geral dos Trabalhadores