UGT UGT

Filiado à:


Filiado Filiado 2

UGT Press

UGT Press 394: Primeiro de maio - UGT inova


02/05/2014

PRIMEIRO DE MAIO: a existência do Primeiro de Maio é decorrência de distúrbios ocorridos na cidade de Chicago, Estados Unidos, em 1886, quando os trabalhadores entraram em greve por melhores condições de trabalho e redução da jornada de 13 para 8 horas diárias ou 48 horas semanais. Os trabalhadores foram duramente reprimidos e nos dias seguintes alguns morreram nos enfrentamentos existentes. Em todo o mundo houve reações e o dia passou a ser lembrado. Em 1889, na Segunda Internacional Socialista, foi criado o Dia Mundial do Trabalho. Posteriormente, os países comunistas também adotaram o Primeiro de Maio. Nos Estados Unidos e Canadá, certamente para não se alinharem aos comunistas, foi criado o Labor Day que, normalmente, é comemorado na primeira segunda-feira de setembro.

 

HISTÓRIA DO PRIMEIRO DE MAIO NO BRASIL: libertados os escravos, o dia Primeiro de Maio passou a ser comemorado no Brasil, porém por pequenos grupos de trabalhadores estrangeiros. Eles substituíram a mão de obra escrava e, especialmente os anarquistas, começaram a faltar ao trabalho nesse dia, forçando o governo brasileiro a tomar uma atitude. Em setembro de 1925, o presidente Artur Bernardes decretou feriado em todos os primeiros de maio. Em 01/05/1940 foi criado o Salário Mínimo e em 01/05/1943 foi promulgada a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), em vigor até hoje. 

 

HÁBITOS BRASILEIROS E A UGT: a história do Primeiro de Maio no Brasil teve várias fases. Desde paralisações espontâneas, passando por grandes discursos presidenciais e recentes concentrações regadas com sorteios de carros e apartamentos, e, ainda, ocasionalmente, a existência de grandes marchas e manifestações pontuais ou temáticas. O dia dedicado ao trabalho nunca deixou de ser comemorado. Neste ano, a UGT (União Geral dos Trabalhadores) inovou e promoveu um seminário internacional: “Sindicalismo Contemporâneo: 1º de Maio – uma nova visão para o movimento sindical brasileiro”. A promoção do evento de dois dias (28 e 29 de abril) foi da própria UGT com a organização a cargo do prestigiado CESIT (Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho) da Unicamp (Universidade de Campinas).

 

RICARDO PATAH: o presidente da UGT, Ricardo Patah, entusiasmou-se com a idéia gestada no interior da Central. Ele disse: “É uma quebra de paradigmas. O Primeiro de Maio é um dia de reflexão. A UGT representa a base da pirâmide sindical brasileira e tem necessidade de oferecer novas respostas aos novos desafios de um novo tempo”. Vários intelectuais, brasileiros e estrangeiros, passaram pelas seis mesas de debates, oferecendo novas interpretações ao velho conflito entre capital e trabalho e discutindo a singular situação brasileira.

 

MESAS DE DEBATES: foram as seguintes mesas de debates: a) o lugar do Trabalho no Capitalismo; b) Trabalho e Desigualdade; c) Movimentos Sociais; d) Sindicalismo no Capitalismo Contemporâneo;  e) tendências das Relações de Trabalho e impactos na Organização Sindical; f) Sociedade, Economia e Trabalho: a visão dos trabalhadores. Francisco Pereira de Souza Filho (Chiquinho dos Padeiros), secretário de Organização da UGT, informou que Cesit/Unicamp editará um livro contendo as palestras e os debates. 

 

FOLHA DE SÃO PAULO: no dia seguinte (30-04) ao seminário da UGT/CESIT, no auditório da Folha de São Paulo houve novos debates. Estiveram presentes Ricardo Patah, presidente da UGT, Anselmo Luis dos Santos, representando o Cesit, alguns convidados internacionais e mais duas pessoas (Paulo Pereira da Silva, ex-presidente da Força Sindical; e o professor José Pastore, assessor da Fiesp) convidadas pelo jornal. Só o fato de um dos maiores jornais do país se interessar pela nova forma de abordagem do Primeiro de Maio, atesta o acerto e a oportunidade da promoção da UGT.  Certamente, este sucesso provocará repercussões, influências e mudanças para o futuro. O sindicalismo brasileiro deverá ter maior consciência de seu papel na sociedade.

 

EVENTO E PARTICIPANTES: o seminário internacional ocorreu no Novotel Center Norte, em São Paulo. Dele participaram os dirigentes da UGT, todas as suas instâncias estaduais, secretarias nacionais e convidados. Organizações internacionais, a exemplo da CSA (Confederação Sindical dos Trabalhadores/as das Américas), estiveram presentes. No total, 600 pessoas ouviram as palestras e participaram dos debates. Sucesso sem precedentes na promoção da União Geral dos Trabalhadores.




logo

UGT - União Geral dos Trabalhadores


Rua Formosa, 367 - 4º andar - Centro - São Paulo/SP - 01049-911 - Tel.: (11) 2111-7300
© 2023 Todos os direitos reservados.