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UGT Press 387: Década Latino Americana ou século da Ásia


18/03/2014

DÉCADA LATINO AMERICANA OU SÉCULO DA ÁSIA: as duas expressões revelam o abismo estratégico entre as duas regiões do mundo. Enquanto na América Latina ainda prevalecem a improvisação e o imediatismo, na Ásia, até pela cultura de seus povos, a visão de oportunidade abrange sempre uma perspectiva em longo prazo. Pesquisa realizada pelo Diálogo Americano, um influente grupo de poder, e um relatório da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe) atestam que as políticas públicas da América Latina sofrem com a miopia de nossas lideranças, impedindo-as de aproveitar plenamente das possibilidades de desenvolvimento. A principal característica do diagnóstico é exatamente a falta de visão em longo prazo, ausente em nossa região. É pior o quadro quando se percebe que, nas últimas duas décadas, houve importantes mudanças na América Latina (democracia, fortalecimento institucional, avanço nas contas públicas e inclusão social), sem que isso determinasse uma mudança de perspectiva ou um salto de qualidade na área de planejamento 

 

2014 AINDA EM RISCO: Roff Kuntz, que escreve para o Estadão, é daqueles jornalistas insistentes: ele vem, sistematicamente, denunciando o "acúmulo de erros" da presidente Dilma Rousseff, em seus três primeiros anos de governo. "A presidente inicia o seu quarto ano de governo com uma assustadora coleção de desafios - indústria emperrada, baixo nível de investimento público e privado, contas externas em deterioração, contas públicas novamente em perigo e intensa vigilância das agências de classificação de risco" (Estadão, 08-02-14). Ao lado de manter a inflação em padrões civilizados, o país precisa buscar um bom saldo na balança comercial, além de diminuir o déficit externo em transações correntes. Considerando que 2014 é um ano atípico, com eleições e Copa do Mundo de Futebol, nada autoriza esperar um melhor resultado nas contas públicas. A conferir. 

 

BOICOTE ECONÔMICO A ISRAEL: Thomas L. Friedman, autor de vários livros e articulista do NYT (The New York Times) escreveu um artigo, republicado pelo Estadão em 08/02/14 (A Terceira Intifada dói no bolso), onde aborda uma nova forma de pressão sobre o Estado de Israel, baseada no boicote de produtos e serviços. Sabe-se que um boicote de 20% nas exportações israelenses custaria nada menos do que 5 bilhões de dólares ao ano. O ministro das Finanças de Israel, Yair Lapid, ao falar à Rádio do Exército, confirmou o temor ao boicote: "Isso afetará o bolso de cada cidadão israelense". O vice-presidente dos Estados Unidos, John Kerry, tem advertido publicamente sobre as possibilidades de boicote, se as conversações de paz fracassarem.

 

DIPLOMACIA ÀS AVESSAS: a subsecretária de Estado dos Estados Unidos, Victória Nuland, cometeu um grave erro e voltou a colocar a diplomacia de seu país em confronto com a diplomacia alemã. Vídeo no YouTube mostra a subsecretária dizendo ao embaixador americano da Ucrânia, Goff Piatt: "F ... a União Européia". Não bastasse o inusitado da expressão, de baixo calão, o comentário revela a costumeira arrogância americana e o desprezo que têm os Estados Unidos por seus parceiros. Angela Merkel classificou os termos de Victória Nuland como "inaceitáveis". Como se sabe que há alguns meses o telefone de Merkel foi espionado pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), o episódio serviu para apimentar ainda mais as relações entre os dois países. De nada adiantou o pedido de desculpas de Victória. 




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