UGT Press

ORGANIZAÇÃO SINDICAL DOS INFORMAIS: baseado em estatísticas, convencionou-se que os sindicatos representam hoje muito pouco em termos relativos. A poderosa AFL-CIO (Federação Americana do Trabalho) representa somente 10% dos trabalhadores estadunidenses. Aqui no Cone Sul, estamos ao redor de 30%. Os países do norte da Europa, em geral, representam mais. A realidade da América Latina mostra baixo índice de representatividade dos sindicatos. Daí a consciência de que é preciso organizar os informais, incorporá-los de alguma forma à organização sindical. Já há algumas experiências exitosas, como é o caso da Argentina. No Brasil, há tentativas positivas que esbarram no desconhecimento dos trabalhadores, normalmente um contingente sem cultura associativa e extremamente individualista. Assim, sabe-se que organizar os informais, embora necessário, é tarefa bastante complicada. Converter o individual em coletivo é o objetivo de todas as entidades representativas. 

SAÚDE E SEGURANÇA DOS INFORMAIS: a grande preocupação existente no momento refere-se à necessidade de proteção social para esse tipo de trabalhador, a rigor, com os mesmos direitos de um trabalhador formal: tratamento de saúde e seguridade social, principalmente. Não tendo esses direitos básicos regulamentados (ou não contribuindo para a Previdência), no futuro há a tendência de onerar os custos do Estado. A regulamentação e a inclusão desses trabalhadores no guarda-chuva da legalidade permitirão protegê-los. Mais, dará oportunidade para que se organizem em associações ou sindicatos, entidades capazes de vigiar e fiscalizar a efetiva aplicação de seus direitos.    

SINTOMA DOS TEMPOS: em um vagão de trem em São Francisco, Califórnia (USA), uma pessoa manuseou várias vezes a sua arma, sem que alguém notasse. Perceberam somente no momento em que ele disparou e matou aleatoriamente um jovem estudante que voltava para casa. Nenhuma das pessoas do mesmo vagão conseguiu descrever o assassino. Motivo: todos os presentes no vagão manuseavam e olhavam para os seus celulares. Hoje, roubos de ocasião ocorrem porque as pessoas estão distraídas em suas pequenas máquinas eletrônicas. 

BIOGRAFIAS: uma discussão tomou conta do Brasil em meados do mês de outubro: pode-se proibir a publicação de biografias não autorizadas? Isso não seria uma forma de censura? Várias opiniões foram externadas, O artigo 20 da Lei nº 10.406, de 2002, abre a possibilidade para que os biografados e seus herdeiros consigam impedir na Justiça a publicação de obras não autorizadas. Foi assim no caso da biografia de Roberto Carlos. Marcelo Rubens Paiva, escrevendo no Estadão (18-10-13), disse: "Cercear a liberdade de expressão, agredida desde a nossa fundação, por regimes monárquicos, republicanos, algumas ditaduras e até um parlamentarismo provisório, é traumático. A instabilidade política é um sintoma do cerceamento. Proibir a publicação de biografias não autorizadas é, sim, censura". 

SINTOMAS DE DIFICULDADES: o excesso de gastos públicos, a ameaça de volta da inflação, o déficit da balança de pagamentos, o baixo crescimento, as manifestações que se repetem e a campanha da reeleição como primeira prioridade, colocam na ordem do dia as possíveis dificuldades do Brasil em curto prazo. Enquanto isso, lá fora, a China apresentou um bom resultado no último trimestre. Apesar das dificuldades, os Estados Unidos voltaram a crescer. Em meio às tragédias, o Japão avança e a União Européia dá sinais de que o pior já passou. Se o Brasil não trabalhar duro, seriamente e ficar voltado somente para os objetivos políticos, poderemos ter uma crise sem precedentes em 2015.  

CONFUSÃO EM CUMBICA: a mudança de horário aliada à demora na entrega de bagagens, provocou confusão nos primeiros dias de nosso horário de verão. Com quase uma hora de atraso na liberação das bagagens, muitos passageiros não puderam embarcar em seus voos internos, sofrendo com várias horas de espera no aeroporto internacional de São Paulo. Ocorre que muitas empresas aéreas estão cobrando gordas diferenças para a mudança de voo, caso que, certamente, atingiu aqueles que viajaram por empresas estrangeiras sem acordo local. O aeroporto de Cumbica foi privatizado, encontra-se em reformas, mas esses atrasos na liberação de bagagens é algo recorrente por ali.