04/12/2012
49 MILHÕES COM FOME: de acordo com dados divulgados pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), cerca de 49 milhões de pessoas, entre 2010 e 2012, não ingeriram as calorias necessárias para uma vida diária saudável em 33 países da América Latina e Caribe. São 8,3% da população nessa situação preocupante e os países mais afetados são: Haiti (44,5%), Guatemala (30,4%), Paraguai (25,5%), Bolívia (24,1%) e Nicarágua (20,1%). O relatório da FAO aponta que o crescimento que as economias dos países tiveram não se traduziu em uma diminuição equivalente nos índices e elas ainda mostram níveis de desigualdade muito altos em relação a outras regiões do mundo". Uma das causas desse descompasso é a péssima distribuição da renda da região.
PETROBRÁS: a Petrobrás sempre foi saudada como uma ilha de excelência dentro dos padrões de administração estatal do Brasil. No entanto, ultimamente, ela vem ocupando bom espaço nos jornais, em termos negativos. A última bomba foi anunciada pela AIE (Agência Internacional de Energia), que reviu para baixo suas estimativas de produção de petróleo no Brasil, sobretudo em função de atrasos nos projetos. O economista-chefe da AIE, Fatih Birol, deu uma longa entrevista ao jornal Folha de São Paulo (23-11), afirmando taxativamente que "embora mantendo boas perspectivas de produção fora da Opep, as dificuldades logísticas de administração dos projetos aumentam os riscos de atraso na produção do pré-sal". A surpresa das previsões da AIE ficou por conta dos Estados Unidos que, em 2017, poderão superar a produção da Arábia Saudita e se transformarem nos maiores produtores do mundo.
SUBSÍDIOS: na mesma entrevista, perguntado sobre a prática do governo brasileiro de manter preços baixos dos derivados, visando atingir metas de inflação, Birol respondeu: "a AIE é defensora da reforma dos subsídios a combustíveis, e apoiou o compromisso das nações do G20 na reunião de 2009, em Pittsburgh (Estados Unidos), de racionalizar e descontinuar no médio prazo os subsídios a combustíveis fósseis que encorajam o consumo supérfluo. Os subsídios são um fator determinante nas tendências futuras de consumo energético, à medida que os preços baixos aumentam o consumo...". Enfim, a AIE é contra a política de subsídios aos derivados de petróleo.
TUDO SE IMITA: o Brasil é um país que imita tudo. A globalização já produziu a tendência de universalizar muitos hábitos e costumes, passando-os de um povo a outro. O Brasil é especialista em imitar os Estados Unidos. Semana passada, aconteceu a famosa "Black Friday", tradicionalmente um dia de liquidações após o maior feriado nacional daquele país, o "Dia de Ação de Graças". O Brasil importou o hábito em 2010 e, neste ano, tinha expectativas de negócios superiores a 100 milhões de reais. Diversas empresas fizeram anúncios alusivos à "black friday tupiniquim" e até um site (www.blackfriday.com.br) foi criado para reunir as ofertas. Nas novelas televisivas já não se oferece alianças de casamento e sim anéis. A comemoração do halloween (Dia das Bruxas) já é costume em muitas escolas brasileiras e por aí, vamos...
REMESSA DE LUCROS: no mês de outubro, a título de remessa de lucros, o Brasil enviou 2,4 bilhões de dólares para o exterior. É o maior valor do mês desde 1940. Em geral, os países são ávidos para receber investimentos externos, esquecendo-se que, depois, os recursos são repatriados. O aumento dessas remessas, de acordo com o Banco Central do Brasil, é da ordem de 51%. Outro item que afeta o Balanço de Pagamentos do Brasil são as viagens ao exterior: no mês passado, os gastos dos brasileiros no exterior chegaram a 1,5 bilhão de dólares, 26% a mais do que em outubro de 2011. Por enquanto, o Brasil tem equilibrado suas contas em função dos investimentos externos. Para os próximos anos, especialmente até 2016, as expectativas de equilíbrio nas contas externas são positivas."
UGT - União Geral dos Trabalhadores