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UGT Press 316: Medidas de austeridade


06/11/2012

MEDIDAS DE AUSTERIDADE: Angela Merkel e a direção econômica da União Européia vêm preconizando para os países em crise, principalmente Grécia, Portugal e Espanha, fortes medidas de austeridade. O tiro começa a sair pela culatra: a Ford anunciou o fechamento de sua fábrica na Bélgica (4.500 empregados) e a decisão de impulsionar a fabricação de veículos na Espanha, onde os custos sociais e salariais se tornaram menores, entre outras coisas, pelas medidas de austeridade. O FMI (Fundo Monetário Internacional) já ligou o desconfiômetro e solicitou cuidado com a nova tendência.

ESPAÇO IBERO AMERICANO: com dificuldades e incertezas, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) conseguiu realizar o IV Encontro Ibero Americano de Interlocutores Sociais, realizado em Madri, no dia 28 de outubro. Reuniram-se patrões e empregados, expondo as diferenças de sempre, mas indicando uma preocupação única: a crise européia. Como se sabe, as crises atingem a todos: os trabalhadores perdem empregos e consomem menos, os patrões, em meios às dificuldades, produzem menos e os governos arrecadam menos impostos. Todos perdem.

MULTINACIONAIS: as multinacionais, com enorme capacidade de adaptação e mobilidade, fazem como está fazendo a Ford: produzem de acordo com as vantagens comparativas locais. Perdem os empresários nacionais, as pequenas e médias empresas, dependentes do mercado doméstico, cada vez mais diminuto em função dos problemas ocasionados pela crise. O ditado se correr o bicho pega e se ficar o bicho come", dá bem uma dimensão da situação. Uma coisa já se sabe: medidas de austeridade não estão dando certo.

III ENCONTRO SINDICAL IBERO AMERICANO: prévio ao encontro de interlocutores sociais, realizou-se em Madri, no dia 27 de outubro, o terceiro encontro sindical, com representantes sindicais da America Latina, Portugal e Espanha (o representante da UGT foi Laerte Teixeira da Costa). No encontro, foi divulgado de comum acordo, um documento com 27 pontos. Firmado pelas lideranças presentes, o documento será entregue em Cadiz, na "XXII Cumbre Iberoamericana de Presidentes y Jefes de Estado". No item 9 do documento, o anúncio de uma bomba: greve geral internacional, a ser realizada no dia 14 de novembro, simultaneamente, em três países (Grécia, Espanha e Portugal).

APOIO TROPICAL À GREVE INTERNACIONAL: as centrais brasileiras filiadas à CSI (Confederação Sindical Internacional) vão dar apoio pontual à greve internacional. Da parte da União Geral dos Trabalhadores (UGT-Brasil), o seu presidente, Ricardo Patah, já anunciou a manifestação defronte ao Consulado da Espanha em São Paulo. Em encontro que manteve com sindicalistas espanhóis na reunião do Conselho Geral da CSI (outubro, Amã, Jordânia), Patah hipotecou a solidariedade da UGT com os trabalhadores europeus.

PRESENÇA DE GUY RYDER: o novo diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Guy Ryder, fez questão de acompanhar os encontros realizados em Madri, mostrando a preocupação da entidade com a crise européia e a perda de emprego dos trabalhadores, especialmente os jovens. O recorde do desemprego juvenil está na Espanha, onde chegou a inimagináveis 52%."




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