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UGT Press 293: Guy Ryder é eleito diretor da OIT


29/05/2012

GUY RYDER NA OIT: desde 28 de maio, o líder sindical inglês, Guy Ryder, é o novo diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em substituição ao diplomata chileno Juan Somavia. Pela primeira vez na história da OIT (que completa 100 anos em 2019), o cargo de diretor geral é ocupado por um trabalhador. Guy Ryder foi um dos líderes que trabalharam pela fusão da Ciosl com a CMT. Dessa fusão surgiu a maior central sindical mundial de todos os tempos, a CSI (Confederação Sindical Internacional), da qual ele foi o primeiro secretário-geral. Sua eleição foi possível graças à unidade dos trabalhadores que fazem parte do Conselho de Administração da OIT e ao apoio fundamental de Angelino Garzon, vice-presidente da Colômbia, também candidato ao cargo. A partir da segunda votação, todos os votos de Angelino, entre os quais se incluía o do governo brasileiro, foram destinados a Guy. Além do apoio de toda a América Latina, houve o apoio da região caribenha. O triunfo de Ryder é uma vitória das organizações sindicais do Continente e especialmente da CSA (Confederação Sindical dos Trabalhadores/as das Américas) e das centrais brasileiras (CUT, FS e UGT). Guy Ryder é bem relacionado no Brasil e, entre os seus amigos, estão Victor Báez Mosqueira, secretário-geral da CSA, Ricardo Patah, presidente nacional da UGT e Laerte Teixeira da Costa, que fez parte do primeiro Conselho da CSI.

RESGATE DE DOM PEDRO I: a palavra resgate talvez seja exagerada, mas aplica-se no sentido de recuperar sua biografia, já muito estudada nestas latitudes. Ocorre que a Editora Planeta publicou no Brasil o calhamaço (500 páginas) de Javier Moro, escritor espanhol de sucesso, sobre o filho de Dom João VI, Pedro de Bragança e Bourbon, que viria a ser o primeiro imperador do Brasil: O Império é você, a fascinante saga do homem que mudou a história do Brasil". É um romance, mas o escritor adverte: "Os eventos aqui narrados de fato acorreram. Os personagens, as situações e o marco histórico são reais, e refletem o resultado de uma exaustiva investigação". Contudo, diálogos foram criados e cenas foram coloridas segundo a interpretação do autor, com tal dose de verossimilhança que dá até para acreditar que, de fato, as conversas aconteceram. Todavia, é nos detalhes, uma obra de ficção, na qual se aprende mais sobre a história da fundação do Brasil e parte da história de Portugal do que em nossos mal acabados livros de história. UGTpress recomenda.

SENHOR PROTECIONISMO: o atual secretário do Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, é conhecido na imprensa portenha como "Senhor Protecionismo". Ele acaba de anunciar, em conversas com empresários de seu país, que o governo da presidente Cristina Kirchner vai aprofundar a atual política de contenção às importações. A desculpa de Guillermo é a crise que assola a Europa. Os resultados obtidos com as limitações das importações, nos primeiros três meses deste ano, foram da ordem de quase três bilhões de dólares. Ao Brasil, o secretário portenho tem preferido aplicar a imposição de cotas, mas fica claro por suas declarações e atitudes que nem mesmo os parceiros do Mercosul estarão a salvo da política protecionista da Argentina. Se todos os integrantes do Mercado Comum do Sul tomarem medidas semelhantes, está evidente que o acordo entre eles ficará irremediavelmente comprometido.

E OS CORRUPTORES? a onda de corrupção que varre o país de norte a sul e de leste a oeste, atingindo todos os poderes e todos os governos, do menor município à mais alta esfera nacional, com poucas exceções, tem um olhar vesgo: só enxerga os corruptos, em geral os políticos e seus partidos, raramente desviando o olhar para a ponta mais forte desse elo vicioso, o corruptor. No caso da empresa Delta e seu envolvimento com o já famosíssimo Carlinhos Cachoeira, levando de roldão alguns políticos expressivos do Jet set nacional, encontra-se uma solução quase milagrosa para fazê-la escapar das consequências: sua venda para um grande grupo nacional, com o objetivo de "não paralisar obras públicas e dar continuidade aos planos de governo". Enfim, apesar da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e do estardalhaço midiático, certamente, pela grande teia de envolvidos, poucos serão punidos. Tudo indica que os corruptores estarão salvos.

A HORA E A VEZ DA AMÉRICA LATINA: Dilma Rousseff tem dito que este é o século da América Latina. Victor Báez Mosqueira, secretário-geral da CSA, em suas constantes andanças pelo Continente, tem reverberado o mote e acrescentado argumentos interessantes à tese. Sobre o assunto, a especialista Joyce Chang, eleita uma das melhores analistas de mercados emergentes, disse: "A América Latina, na realidade, é a única região para a qual prevemos um crescimento próximo do potencial para este ano, ao redor de 3,6%. Isso devido, em grande parte, aos preços das commodities, que estão ainda em patamar elevado" (Estadão, em 02/04). O Brasil vem sendo apontado como o grande receptor de investimentos, mas está atrasado em suas reformas estruturais, perdendo seguidas oportunidades de modernizar o país. Um dos maiores entraves do Brasil, reconhecido internacionalmente, é seu sistema político que afunila oportunidades e premia os representantes do poder econômico, além de conviver com uma corrupção endêmica que corrói as bases de sua democracia.

BANCOS: enquanto o governo do Brasil tem um longo e penoso jogo de braço com os banqueiros, raça implacável sem cor e sem rosto, a China planeja a abertura do setor e tem como meta triplicar a participação de investimentos estrangeiros em seu mercado de capitais. As mudanças são previstas com a substituição do atual premiê Wen Jiabao e também pela desaceleração econômica. Não é fácil, embora haja amplo e decisivo controle administrativo da questão. Estamos falando em quebrar o monopólio financeiro de uma economia de trilhões de dólares, mas as notícias estão sendo marteladas na imprensa econômica mundial."




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