UGT Press

CSA: a Confederação Sindical dos Trabalhadores/as das Américas realizou o seu segundo congresso estatutário no Brasil, em Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai, no período de 15 a 20 de abril. Entidade nascida da fusão de duas outras importantes organizações - Orit-Organização Regional Interamericana de Trabalhadores e Clat-Central Latino Americana de Trabalhadores -, a CSA surgiu em 2008, em congresso fundacional realizado na Cidade do Panamá. A diretoria eleita para o quatriênio 2012/2016 é a seguinte: HASSAN YOUSSUF, presidente, oriundo da CLC-Canadá
JULIO ROBERTO GOMEZ, vice-presidente, oriundo da CGT-Colômbia
VICTOR BÁEZ MOSQUEIRA, secretário-geral, oriundo da CUT/A-Paraguai
RAFAEL FREIRE, secretário de economia e desenvolvimento sustentável, oriundo da CUT-Brasil
AMANDA VILLATORO, secretária de educação e formação, oriunda da CNT-El Salvador, e LAERTE TEIXEIRA DA COSTA, secretário de políticas sociais, oriundo da UGT-Brasil.

ABERTURA: na abertura do 2º Congresso da CSA compareceram algumas autoridades: Argentina (vice-presidente), Paraguai (ministro do Trabalho), Brasil (secretário-geral da Presidência da República), El Salvador (ministro do Trabalho), Colômbia (vice-presidente), OIT (diretora das Américas, diretora do Brasil e diretor da ACTRAV), Governo do Estado do Paraná (secretário do Trabalho), Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu (vice-prefeito), CSI (secretária-geral e presidente), mais a direção de dezenas de entidades europeias, asiáticas e latino-americanas. Foi um congresso importante, ignorado pela imprensa local, mas com algum destaque na imprensa do Continente.

CENTRAIS COOPERADORAS: as centrais de trabalhadores do Brasil, filiadas da CSA - CUT, FS e UGT - participaram ativamente do processo de organização e de sustentação financeira do Congresso. Contribuíram também a CGT-Argentina, a CLC-Canadá e a UTAL-Panamá, a OIT e várias entidades de solidariedade da Europa (FES, SOTERMUN, ISCOD, ISTAS, secretariados internacionais e outras). A CSI (Confederação Sindical Internacional), matriz do movimento sindical mundial, contribuiu significativamente. Sindicatos brasileiros - Bancários de São Paulo e Metalúrgicos do ABCD - contribuíram financeiramente. A coordenação do 2º Congresso da CSA foi entregue a Rafael Freire, responsável pela sustentação geral financeira do evento e organização prática. Sucesso sem precedentes.

CONSELHO EXECUTIVO: o órgão de controle estatutário da CSA é o Conselho Executivo (CE). É composto por mais de 30 pessoas, reúne-se ao menos uma vez ao ano e tem a participação das maiores centrais de trabalhadores do Continente. Participam também do CE a presidente do Comitê Continental de Mulheres Trabalhadoras e o presidente do Comitê Continental de Jovens Trabalhadores, organizados sob a supervisão da secretária Amanda Villatoro. O órgão de fiscalização contábil é o CONSELHO FISCAL (CF), presidido pelo brasileiro Luis Eduardo Gautério Gallo (CNPL-Brasil).

HOMENAGEM A LINDA CHAVEZ THOMPSON: Linda foi presidente da Orit e depois da CSA. Antes, ocupou o cargo de diretora da AFL-CIO americana. Aliás, foi a primeira sindicalista mulher a exercer cargos executivos em grandes organizações. Aposentou-se e recebeu significativa homenagem dos delegados do 2º Congresso, sendo eleita Presidente Honorária da CSA. Ela reside em Santo Antônio, importante cidade texana dos Estados Unidos.

SEDE E ESCRITÓRIO: a Confederação Sindical dos Trabalhadores/as das Américas tem sede em São Paulo (Brasil) e escritório em San José (Costa Rica). Está criando o seu instituto de estudos, pesquisas e formação, denominado IDEAM (Instituto de Desenvolvimento das Américas), organismo técnico-institucional, elaborador de projetos e especializado em formação, cuja legalização em território brasileiro está em tramitação. E-mail sede@csa-csi.org

FUTURO: os dois primeiros congressos da CSA foram escudados em acordos realizados entre Orit e Clat. Para o terceiro mandato, correspondendo ao período de 2016/2020, espera-se boa reformulação de seus quadros dirigentes. Esse período que se inicia agora é considerado de consolidação. A fusão e o aparecimento da CSA são considerados a maior obra de reengenharia sindical, inserida no princípio de autorreforma sindical elaborado ainda na Orit e que se espalha pelas centrais do Continente. No Brasil, o maior exemplo de autorreforma foi a fusão de três centrais (CAT, CGT e SDS) que deu origem à UGT-Brasil, presidida pelo comerciário Ricardo Patah. Vida longa à CSA!