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UGT Press 281: Gastamos mais do que os governos em saúde


06/03/2012

JOSÉ MARIA DA SILVA PARANHOS JÚNIOR: conhecido como Barão do Rio Branco, neste ano foram lembrados os cem anos de sua morte, ocorrida em 10 de janeiro de 1912, em sua própria sala, no Palácio do Itamaraty. Responsável pela regularização de boa parte das fronteiras brasileiras, resolveu pendências com Argentina, França, Inglaterra, Holanda (com esses países europeus, fronteiras em relação às Guianas), Bolívia (Acre), Venezuela, Colômbia, Peru, Equador e Uruguai. Era especialista no assunto. O trabalho do Barão do Rio Branco consolidou a imagem do Brasil como um país que procura resolver seus conflitos de forma pacífica, utilizando a habilidade nas negociações. A história certamente o consagrará como um dos que ajudaram a formar os contornos definitivos do mapa do Brasil.

O CARNAVAL E A BAHIA: a basear-se nas informações televisivas, na Bahia não houve greve, só carnaval. Os meios de comunicação, especialmente a televisão, fizeram valer o princípio da memória curta, episódica, com a qual nos estamos acostumando. Ainda no segundo decêndio de fevereiro, a Bahia era notícia em função da greve dos policiais militares. Polêmica, com declarações controvertidas, ações contestadas e situações inusitadas, a greve da Bahia foi retratada pelos meios de comunicação como um movimento que incentivou o vandalismo e a violência. A própria presidente Dilma Rousseff disse ter ficado estarrecida", ao ouvir gravações de conversas entre líderes do movimento. A maioria das organizações sindicais do Estado da Bahia ofereceu solidariedade aos grevistas, porém essa posição não foi unânime. Passado o carnaval, está bem na hora de fazer um levantamento sério do que houve na Bahia e quais as consequências para o funcionalismo público do Estado.

RETALIAÇÃO: o governo brasileiro tem a propensão de agir exatamente como agem as autoridades espanholas em relação à entrada dos brasileiros no país. Todos os anos, centenas de brasileiros têm sido barrados nos aeroportos espanhóis, mesmo aqueles que se dirigem a outros países. O Brasil é hoje um país com um grande déficit na conta de turismo, com os brasileiros viajando mais para o exterior. Os Estados Unidos já tomaram medidas para facilitar a entrada dos brasileiros, mas a Espanha continua com uma política dura, exigindo dos brasileiros comprovação de recursos para estadias, comprovantes de reservas nos hotéis, passagens de volta adquiridas e cartões de crédito com validade e limites compatíveis com os prováveis gastos. O governo brasileiro estudou tomar as mesmas medidas em relação aos espanhóis que entram no Brasil. Talvez fosse mais eficaz se os brasileiros boicotassem as empresas espanholas instaladas no Brasil!

GEORGE SOROS: volta e meia, o mega-investidor George Soros concede entrevistas polêmicas. No último 20/02, em página inteira, copiando a revista alemã Der Spiegel, o Estadão reproduziu uma dessas entrevistas. Em resumo, Soros disse que a política econômica levada a efeito pela União Européia para debelar a crise está errada, sobrando críticas à chanceler alemã, Angela Merkel: "...ela está conduzindo a Europa na direção errada. Para solucionar a crise do euro, defendo uma política de dois estágios - o primeiro é a austeridade e as reformas estruturais no modelo daquelas apresentadas pela Alemanha em 2005. A seguir, viria um programa de estímulo. Se não oferecermos mais estímulo na Europa, muitos países serão empurrados para uma espiral deflacionária de endividamento. Seria extremamente perigoso." Soros não acredita na inocência alemã e diz que a Alemanha foi o primeiro país a quebrar as regras do euro. Paul Krugman escreveu algo semelhante no The New York Times.

MANCHETE ESCLARECEDORA: a manchete estampada no Caderno Vida, do jornal "O Estado de São Paulo" (19-01), foi emblemática: "Famílias gastaram mais que governos com saúde em 2009, mostra IBGE". O jornal informa que "o gasto per capita dos governos (federal, estaduais e municipais) com saúde foi de R$ 645,27. A despesa das famílias foi 29,5% maior: R$ 835,65 por pessoa". Portanto, quando o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, fala em dotar a saúde de mais recursos, ele está absolutamente certo e baseado em estatísticas do próprio governo."




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