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UGT Press 258: Ainda os impostos


28/09/2011

AINDA OS IMPOSTOS: recentemente, UGTpress defendeu que os impostos são necessários e que uma das causas dos déficits americanos, além da farra militar, foi a constante e desnecessária redução de impostos. Kenneth Maxwell, que escreve às quintas-feiras na Folha de São Paulo, lembrou em um de seus artigos que Warren Buffett desafiou a ortodoxia do Partido Republicano no que tange a rejeitar aumento de impostos. Buffett, a terceira fortuna do mundo, disse: Essas bênçãos nos são conferidas por legisladores em Washington que se sentem compelidos a nos proteger, como se fôssemos corujas raras ou outra espécie em extinção". Outro bilionário que tem atacado com veemência o atual sistema financeiro, criticando as mesmas soluções de sempre, é George Soros, administrador de fundos de investimentos.

FLEXIBILIZAÇÃO: o Consulado Americano de São Paulo está modernizando e flexibilizando a concessão de vistos de entrada para os Estados Unidos. Entre as medidas, consta inaugurar um serviço de atendimento rápido, com novos postos na cidade, descentralizando os procedimentos. Com isso, o tempo de permanência dos brasileiros dentro do Consulado pode ser reduzido de duas horas para trinta minutos. No ano passado foram concedidos mais 300 mil vistos para brasileiros fazerem negócios, visitarem ou estudarem nos Estados Unidos, afora outros 300 mil concedidos pelos consulados do Rio de Janeiro e Recife. No passado, a cada dez pedidos de visto, quatro eram recusados. Hoje, a recusa chega, no máximo, a cinco por cento. Essa mudança de atitude dos americanos em relação aos brasileiros também pode ser notada nos aeroportos americanos, os quais, em sua maioria, dispõem de funcionários brasileiros para resolver emergências ou dificuldades. A razão é simples: os brasileiros são os turistas que mais gastam no exterior e, só nos Estados Unidos, têm deixado alguns bilhões de dólares todos os anos.

ENERGIA: que a energia brasileira é uma das mais caras do mundo, todo sujeito bem informado sabe (ou paga). Que a diminuição das tarifas tornaria a indústria brasileira mais competitiva não é novidade. O que o governo, talvez, não suspeitasse ou esperasse é que a poderosa Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) deflagrasse uma forte campanha de esclarecimento público, utilizando a televisão e os jornais para, simplesmente, pedir o cumprimento de disposições contratuais, o qual, segundo ela, traria enormes benefícios para os consumidores de energia elétrica. Na campanha publicitária, há uma pergunta capciosa: "Se é bom para todo mundo, qual o problema?" A pergunta sugere que, no primeiro vencimento de algumas concessões, em 1995, não houve suficiente transparência nos procedimentos e que, talvez, isso se repita em 2015. Seria bom esclarecer melhor essa parte.

PATENTES: depois que o Google ofereceu US$ 12,5 bilhões pela Motorola, os especialistas em mercados acionários ou negócios mobiliários ficaram surpresos e começaram a fazer perguntas. A justificativa pelo ágio de 63% sobre as ações foi simplória: "estamos interessados nas patentes". Antes, o Google já adquirira mil patentes da IBM e saíra derrotado em outro leilão de patentes da Nortel. Esses negócios mostram uma tendência das grandes corporações em investirem na aquisição de propriedade intelectual. O New York Times escreveu que essa corrida tem um lado sombrio, já que "está desviando dinheiro que antes era usado para desenvolver novos produtos, em setores importantes". Só para lembrar, o Brasil continua sendo o país, entre os emergentes, com o menor número de patentes registradas.

LITORAL NORTE DE SÃO PAULO: para quem pensa que São Paulo é um Estado ecologicamente adiantado, basta dizer que as praias do litoral norte, várias delas entre as mais badaladas do Brasil, estão poluídas. A Folha de São Paulo, em reportagem de 19 de agosto, divulgou que amostras de água, recolhidas em 83 pontos diferentes, apresentaram mais de 70% com impurezas, ou seja, poluídas ou impróprias. A gerente da Cetesb, Cláudia Lamparelli, disse que "a tendência do litoral norte, se formos considerar o início da década, é de piora". Mas, não pense que este é um quadro isolado: o mesmo se repete Brasil afora. Que tal começar a acionar o Ministério Público para providências?"




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