01/09/2011
VÍDEO INSTITUCIONAL: a Confederação Sindical dos Trabalhadores/as das Américas (CSA), em cooperação com a União Geral dos Trabalhadores do Brasil (UGT) e com o patrocínio da AECID/SOTERMUN/USO, instituições espanholas, produziu um vídeo sobre economia informal. O trabalho informal é um fenômeno atual, de enorme repercussão e crescimento nas economias latino-americanas, chegando a ter em alguns países mais de 50% (cinquenta por cento) da População Economicamente Ativa (PEA) ocupada em suas atividades, a maioria à margem da economia formal. O setor cresceu nas últimas décadas, decorrência da prática neoliberal, enfraquecimento dos Estados, flexibilização trabalhista e desemprego generalizado. As ondas recentes de crescimento não foram suficientes para estancar o fenômeno. O vídeo pode ser acessado no seguinte endereço: http://www.youtube.com/videoscsa
ORGANIZAÇÃO DO SETOR INFORMAL: através de sua Secretaria de Políticas Sociais, a CSA vem incentivando suas organizações filiadas (60 em todo o Continente) a criar departamentos, secretarias ou mesmo sindicatos e associações de trabalhadores informais. Victor Báez Mosqueira, secretário-geral da CSA, diz que, em alguns países da América Latina, os trabalhadores organizados não chegam a 5% (cinco por cento). Nos Estados Unidos já há menos de 10% de trabalhadores organizados em sindicatos. Assim, se as centrais sindicais não voltarem seus olhos para esses contingentes, hoje marginalizados, vão sempre representar uma fatia minoritária de trabalhadores.
EXPERIÊNCIAS BEM SUCEDIDAS: esse trabalho da CSA, sob a responsabilidade de Laerte Teixeira da Costa, vem dando resultados. Na Argentina, os trabalhadores informais criaram associações por ramo de profissão (fotógrafos, ambulantes, vendedores autônomos, informática, etc.) e essas associações, por sua vez, criaram a Fenastei (Federação Nacional do Setor de Trabalhadores da Economia Informal). Em Honduras, apesar da crise institucional que viveu o país, as centrais sindicais estão conseguindo fazer tramitar no Congresso um projeto de lei que reconhece e legaliza os informais, dando-lhes direitos antes negados. No Brasil, a experiência do shopping social" foi levada para outros países, com grande repercussão, por José Artur Aguiar, titular da Secretaria de Economia Informal da UGT. Em vários outros países, as centrais sindicais estão se esforçando para organizar os trabalhadores informais.
CONFEDERAÇÃO SINDICAL INTERNACIONAL (CSI): neste momento, a secretária-geral da CSI, Sharon Burrow, está fazendo um giro pela América Latina, levando em sua pasta um apelo para que suas filiadas no Continente também se preocupem com os trabalhadores da economia informal e com os setores sociais empobrecidos. Em sua reunião na UGT-Brasil (16-8), ela ouviu dois líderes - José Artur Aguiar e Tadeu Amaral - e pôde conhecer um pouco mais da realidade brasileira. O presidente da UGT-Brasil, Ricardo Patah, tem afirmado que um dos objetivos da central é a inclusão social.
PARCERIA INTERNACIONAL: a CSA tem algumas parcerias internacionais importantes. Uma delas, com a UGT/ISCOD da Espanha, permite a realização de um trabalho de fôlego em vários países sulamericanos. Esse projeto da UGT/ISCOD propiciou o avanço da organização dos trabalhadores informais no Paraguai, na Argentina, em Honduras e no Panamá. Como uma espécie de laboratório, esses países têm fornecido subsídios para que outras regiões da América Latina possam também evoluir em termos organizacionais."
UGT - União Geral dos Trabalhadores