UGT UGT

Filiado à:


Filiado Filiado 2

UGT Press

UGT Press 240: Brasileiros ainda ganham muito pouco


26/05/2011

PESQUISA: apresentada pela Apas (Associação Paulista de Supermercados), pesquisa da Kantas Worldpanel mostra que mais da metade das famílias brasileiras estão gastando mais do que ganham. Pergunta que não foi feita: gastam mais do ganham porque são irresponsáveis ou porque ganham pouco? Sem discutir a ética da propaganda e do incentivo ao consumo, é preciso reconhecer que o trabalhador brasileiro é ainda dos mais mal remunerados do mundo. Os salários brasileiros são o quarto ou quinto fator de custo, enquanto em países desenvolvidos, dependendo do setor, ele é o primeiro fator de custo. Comparando com os países da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne países desenvolvidos, os salários brasileiros estão muito abaixo da média mundial.
YUAN: a moeda chinesa vem cada vez mais sendo utilizada nas transações comerciais da China, principalmente com os países asiáticos. Há insistência das empresas chinesas em adotar o yuan. A política chinesa de manutenção do valor do yuan, atualmente considerada subvalorizada, recebe críticas dos Estados Unidos, do Brasil e de outros países. O assunto interessa ao Brasil na medida em que a China se transforma em nosso maior parceiro comercial.
ENDURECENDO: a nova administração brasileira está endurecendo em relação às importações de bens duráveis, adotando o regime de licença prévia para a liberação das compras no exterior. A medida resulta em burocracia e atraso nos negócios. Alguns acreditam que ela foi uma resposta à Argentina, que vem adotando uma agressiva política de substituição das importações e afetando as vendas brasileiras. Oficialmente, o governo brasileiro diz que a medida visa monitorar o fluxo das importações". A medida tem amparo nas normas da OMC (Organização Mundial do Comércio).
O CULPADO É SEMPRE O GOVERNO: de vez em quando, surge na imprensa brasileira alguma matéria marota ou, no mínimo, discutível quanto às suas reais intenções. É o caso da constante crítica aos impostos e encargos brasileiros. Genericamente chamado de Custo Brasil, tudo é considerado como culpa do governo e não de outras fontes. Para esses contumazes críticos, o ideal seria que todos os produtos e serviços fossem isentos e que o governo sequer existisse. Há evidente exagero, se bem que, em alguns casos, a crítica procede. Sobre os bancos, com juros e tarifas escorchantes, ninguém se lembra de falar que eles complicam a competitividade nacional. Recentemente, se discutiu o peso dos encargos nas contas de luz, realmente altos, mas se esqueceram de anotar os custos das privatizações, dos lucros das companhias energéticas e das tarifas caríssimas cobradas dos consumidores, como se estas fossem somente resultado desses encargos. Para esses críticos, o lucro, por maior que seja, sempre se justifica.
CLAREZA E TRANSPARÊNCIA: essas críticas aos impostos e encargos são procedentes, principalmente, nos casos em que não há transparência na aplicação dos recursos resultantes do emprego das tarifas. Ainda no que concerne à energia elétrica, citam como exemplo a RGR (Reserva Global de Reversão), cobrada desde 1957, com a finalidade de pagar por novos investimentos. O governo Lula prorrogou por 25 anos a cobrança, alegando que os recursos estavam sendo aplicados no programa "Luz para Todos". Houve críticas, mas o "Luz para Todos" foi uma iniciativa de largo alcance social. Se houver transparência e clareza, certamente todos poderão compreender melhor o alcance e a necessidade dessas cobranças.

CGT-COLÔMBIA FEZ 40 ANOS: no último 26 de abril, iniciou-se com a presença do presidente da República, Juan Manoel Santos Calderón, o IX Congresso da Confederação Geral de Trabalhadores da Colômbia. A CGT-Colômbia fez também 40 anos e continua sendo uma das mais representativas e atuantes centrais sindicais do Continente. Com sede própria, mantendo um importante centro de estudos (INES), com restaurante e hotel no centro de Bogotá, a CGT é a entidade social com maior patrimônio físico do país. Seu presidente, reeleito, é Júlio Roberto Gomez, membro do Conselho de Administração da OIT (Organização Internacional do Trabalho), defensor do sindicalismo latino-americano, e amigo dos trabalhadores brasileiros.

DESEMPREGO CRESCE: o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) acendeu a luz amarela: no mês de março, o Brasil perdeu mais de 100 mil postos de trabalho. Com medo da inflação, o governo da presidente Dilma Rousseff está fazendo de tudo para desacelerar o crescimento da economia. Talvez seja preciso mudar logo o nome do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Observação: o dado é comparativo com o mesmo mês do ano anterior. Em abril, os dados são semelhantes, com oferta menor de emprego."




logo

UGT - União Geral dos Trabalhadores


Rua Formosa, 367 - 4º andar - Centro - São Paulo/SP - 01049-911 - Tel.: (11) 2111-7300
© 2023 Todos os direitos reservados.