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UGT Press 223: Ainda o Mínimo


22/02/2011

SALÁRIO MÍNIMO: o novo salário mínimo será mesmo de R$ 545,00, a não ser que o Senado Federal apronte alguma, caso mais do que improvável. O papel das centrais de trabalhadores neste episódio, que chamou a atenção da mídia e logrou o olhar dos analistas políticos, está para ser melhor entendido. Elas disseram, com razão, que o governo havia oferecido apoios substanciais às categorias econômicas, procurando evitar que a crise de 2008/2009 contaminasse o ambiente econômico. Nesses subsídios tributários, empréstimos do BNDES e aumento de prazos para recolhimento de impostos, o governo abdicou de bilhões de reais e seria justo também olhar para a classe trabalhadora. O governo contra-atacou, dizendo que havia um acordo, costurado no governo anterior, com regras definidas para a fixação do salário mínimo. Também verdade. Circunstâncias comuns de início de mandato, os fatos, por descuido e miopia política, concorreram para o primeiro embate sério na Câmara Federal. A presidente não poderia perder e não perdeu. Venceu a votação na Câmara Federal com larga margem de votos.

INFLAÇÃO: em relação ao salário mínimo, o maior medo dos economistas de plantão é com o recrudescimento da inflação. Sabe-se que somente a alta nos juros e medidas tópicas não serão suficientes para conter o aumento dos preços das mercadorias, que se prenuncia singularmente vigoroso. Haverá necessidade de cortes orçamentários profundos, sérios. Os analistas econômicos nem mesmo levaram em conta o anúncio governamental de cortar 50 bilhões de reais em despesas. Fala-se até que a presidente Dilma Rousseff terá que aumentar os impostos para fechar as contas de 2011, o que seria o pior dos mundos. As medidas que foram anunciadas, de caráter fiscal e macroprudencial, embora estejam na direção correta, não são suficientes para compensar o impacto dos dados negativos recentes da inflação", afirmou Paulo Barcelos (Estadão, 15-02), diretor de economia do banco cooperativo Sicredi.

SITUAÇÃO DIFÍCIL: "se ficar o bicho come e se correr o bicho pega". Nunca esse ditado caipira foi tão emblemático quanto para retratar a situação do governo. Beneficiado nas eleições de 2010 por uma concomitância de fatores, todos conscientemente preparados para produzir um ano econômico positivo, o governo passado abusou dos gastos entre 2009 e 2010. A conta está sendo apresentada em 2011. Isso também aconteceu em 2003, quando o governo FHC deixou preparada uma armadilha inflacionária ao seu sucessor. Agora, se não quiser ver explodir os preços e consequentemente a inflação, o governo deve economizar diminuindo despesas correntes e, talvez, desacelerando o ritmo de obras do PAC e cortando gastos sociais. Terá, ainda, que diminuir o consumo das famílias, via encurtamento das vias de crédito. O crescimento que, em 2010, bateu próximo dos 8%, certamente, cairá pela metade.

PREFEITURAS: as prefeituras municipais cerraram fileiras contra um salário mínimo superior a R$ 545,00 e começam a se mobilizar para conseguir subsídios para pagar a folha salarial de 2012. Mantido o acordo, garantido por Dilma Rousseff, o salário mínimo de 2012 terá um aumento substancial. Muitos municípios podem estourar o limite de despesas com pessoal, previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Aqui sim, as centrais devem ficar de olho porque a criação de subsídios vai contra toda a lógica que inspirou a LRF e representa uma séria agressão ao Orçamento Nacional.

PEQUENAS MEMÓRIAS PESSOAIS: o livro "Pequenas Memórias Pessoais", de autoria do vice-presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Laerte Teixeira da Costa, foi distribuído aos filiados da Central, por iniciativa do presidente Ricardo Patah. Cerca de mil organizações receberam cada uma o seu exemplar. O livro é uma coletânea de artigos, abordando aspectos familiares, políticos e sindicais da vida do autor. Disse Patah: "Sempre capaz de somar e multiplicar amizades e companheirismo, desde as entidades sindicais de base até as maiores organizações nacionais e internacionais de trabalhadores, Laerte construiu uma história de militância positiva, propositiva e pró-ativa, que a todos nós, seus amigos e companheiros, honra e orgulha"."




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