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UGT Press 220: Situação no Egito


04/02/2011

EGITO: a história do Egito é uma das mais ricas do mundo. Sua agricultura, no vale do Nilo, tem registros de seis mil anos. Contudo, o ciclo político atual começou no século passado, na década de 50, quando o rei Farouk foi derrubado (1952). Proclamada a república e depois de um rápido período do general Naguib, o poder foi assumido por Nasser Gamal Abdel, o verdadeiro responsável pelas mudanças. Nasser morreu em 1970 e foi substituído por Anuar Sadat, que promoveu uma revolução: fez um tratado de paz com Israel (1979), se afastou da ex-União Soviética e aproximou-se dos Estados Unidos. Sadat foi assassinado em 1981, quando então assumiu Osni Mubarak, o pivô da crise atual.

30 ANOS DE PODER: a manutenção no poder por mais de 30 anos de Osni Mubarak só poderia dar no que deu: um governo ditatorial, perseguidor e corrupto, em completa decadência moral. A situação do Oriente Médio, qualquer que seja a solução dos conflitos na área, mudará inexoravelmente. Acrescente-se a isso que o Egito foi durante décadas o fiador de um tênue equilíbrio naquela região conturbada e o aliado mais importante dos Estados Unidos. Agora, o Ocidente pergunta: O que virá pela frente?". Com respostas múltiplas, não há garantia de nada. Tanto se pode esperar mais e melhor democracia, como intolerância ou fundamentalismo religioso. O futuro é incerto e nunca o Ocidente precisou de tanta sabedoria.

INSTABILIDADE: o maior partido de oposição no Egito é o El Wafd, mas há divisão nas hostes oposicionistas: de um lado grupos moderados que aceitam uma "transição consensuada" e, de outro, os mais radicais que defendem a "saída imediata" de Osni Mubarak. No país, há um grupo organizado, denominado Irmandade Muçulmana, que apóia o Hamas e odeia Israel (eles negam). Há outro líder importante, Mohamed ElBaradei, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, mas que não dispõe de organização sólida. O medo do Ocidente é que o governo venha a ser ocupado por um desses grupos radicais e, neste caso, com o aumento da instabilidade e aprofundamento dos conflitos, ocorram novas guerras. Seria o pior dos mundos.

POSIÇÃO DA UGT-BRASIL: por decisão da União Geral dos Trabalhadores do Brasil, na pessoa de seu presidente, Ricardo Patah, a central está acompanhando a posição das coirmãs egípcias. Todas as centrais de trabalhadores daquele país são pela saída imediata do presidente Osni Mubarak. Diz Patah: "A UGT defende a substituição imediata do presidente Mubarak. Nos trinta anos de poder, com oportunidades ímpares para fazer reformas políticas e administrativas, o seu governo atolou-se num mar de corrupção e iniquidades. Sua substituição é o caminho mais fácil para a pacificação da sociedade egípcia".

CHINA VERSUS BRASIL: a China está fazendo do Brasil o seu principal fornecedor de produtos estratégicos. Desta vez, foi a Revista Veja quem revelou: "Em sua corrida por recursos naturais, empresas chinesas lideram os investimentos estrangeiros feitos na economia brasileira" (Edição 2202). Com uma população em explosão (1,3 bilhão de pessoas) e um êxodo rural incomparável, a China escolheu o Brasil como fornecedor de recursos alimentícios, minérios e petróleo. Em 2010, os investimentos totalizaram quase 20 bilhões de dólares. Desde a compra de terras até o financiamento do pré-sal, estamos assistindo a construção de uma chino-dependência.

BRASILEIROS AFANADOS NAS PRAIAS: não bastasse a onda de crimes, que normalmente se desloca para o litoral em período de férias, os brasileiros que foram às praias sofreram um novo tipo de roubo: os preços estão pela hora da morte. Produtos custando muitas vezes mais do que o normal, com diferenças que ultrapassam 100% de um fornecedor a outro. No Brasil, foi-se o tempo do controle de preços (que nunca funcionou). Hoje, quem regula o mercado são produção e demanda. Nos índices de inflação expurgados de altas sazonais ou provocadas por intempéries, há sempre, mesmo que moderadamente, constantes altas nos produtos da cesta básica e nos serviços públicos, como energia elétrica e transporte. Talvez já seja a preparação para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas, quando, aí então veremos, realmente, a escalada exponencial de preços. "




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