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UGT Press 182: Trabalho escravo no Brasil


01/06/2010

SEBASTIÁN PIÑERA: o novo presidente do Chile, Sebastián Piñera, está introduzindo em seu país uma lei no mínimo curiosa. Os casais chilenos que completarem 50 anos de matrimônio ganharão um prêmio do governo. Como presidente católico e conservador, ele está estabelecendo um diálogo moral" com a população: "Estudamos a chance de dar incentivos tributários e prêmios educativos às famílias com mais de dois filhos e premiaremos com um bônus de bodas de ouro os casais que completarem 50 anos de casamento". A medida de incentivo à natalidade está na contramão da história, pois o que não falta é gente no planeta.

TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL: a existência de trabalho escravo no Brasil não cessou em 1888. Ocasionalmente, a imprensa brasileira traz reportagens sobre o assunto. Os fiscais do Ministério do Trabalho, embora em número reduzido, tem conseguido detectar a prática em vários estados brasileiros. O tema já foi discutido nas conferências da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Neste sentido, a Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República, a Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Infantil (Conatrae) e a OIT, realizaram em Brasília, na semana passada (25 a 27 de maio), o 1º Encontro Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo. Houve empenho do governo brasileiro e participaram do encontro vários ministros. Isso revela preocupação com essa abjeta forma de exploração da mão-de-obra. As entidades que participaram apoiaram a aprovação da PEC 438/2001 (Proposta de Emenda Constitucional), que prevê o confisco de terras daqueles que utilizam mão-de-obra escrava.

BRASIL DIPLOMÁTICO: passados os primeiros momentos do acordo assinado entre Irã, Brasil e Turquia nos quais houve evidente ceticismo por parte das grandes potências, o segundo momento (do qual estão ausentes as reações emocionais) parece ser mais favorável à insistência brasileira de buscar um acordo diplomático para a questão nuclear do Irã. Jornais, a exemplo do The New York Times (NYT), reconhecem que o acordo espelha um outro acordo feito com o ocidente em outubro de 2009 e que "se bem sucedido, vai ampliar e sublinhar a ascensão contínua da Turquia e do Brasil como forças globais". Enquanto o NYT, Financial Times e Wall Street Journal fizeram análises mais favoráveis, o Washington Post e a Associated Press foram mais críticos (Coluna Nelson de Sá, Folha de São Paulo). De pronto, o que restou, foi a imediata reação das potências que integram permanentemente o Conselho de Segurança da ONU, algo que, de certa forma, fez o presidente Lula caminhar com mais prudência.

TRATADOS DE LIVRE COMÉRCIO: apesar de estarem na moda e sendo firmados por diversos países, entre si ou entre blocos econômicos, os Tratados de Livre Comércio (TLC) vem sendo duramente criticados pelas organizações sindicais. O acordo assinado entre a União Européia e Colômbia e Peru, recebeu a condenação de todas as centrais de trabalhadores e movimentos políticos alternativos da Colômbia. As críticas são várias: fortalecimento do espaço de manobra para as multinacionais européias, exploração acelerada dos recursos naturais, favorecimento de elite empresarial local e concorrência desleal em função dos subsídios concedidos à agricultura européia. No caso dos subsídios à produção de leite na Europa, as centrais de trabalhadores da Colômbia estimam que "a importação de laticínios levará à quebra de 400 mil famílias que tiram o seu sustento dessa atividade"."




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