26/05/2010
CHUTES: continuam os chutes entusiasmados em relação ao percentual de crescimento do Produto Nacional Bruto do Brasil em 2010. Agora, foi a vez do economista Delfim Neto (ex-ministro em épocas de notáveis crescimentos e estupendas baixas nas garantias e liberdades individuais) dizer que o Brasil vai crescer entre 6% e 6,5%. Ainda não se descobriu qual o mecanismo pelo qual os economistas conseguem situar o crescimento de uma economia de um trilhão de dólares em diferenças de meio por cento. A favor deles, são números extraídos de complicadas tabelas e estatísticas. O excelente desempenho do primeiro e, provavelmente, do segundo trimestre deste ano, embalam as apostas otimistas. Contudo, há certa unanimidade quanto às previsões sobre o segundo semestre: não terão o mesmo desempenho.
ACELERADOR PRESO: a crítica da revista The Economist de que o Brasil está igual a um Toyota com acelerador preso no piso", provocou por aqui, por parte de membros do governo, algumas reações negativas. A comparação remete aos problemas que a montadora japonesa teve nos Estados Unidos, o que a levou a um dos maiores recall da história da indústria automobilística. Entre o que publicou a revista inglesa, temos, por exemplo: "O problema é que, apesar de crescer a um ritmo chinês, o Brasil não é a China, pois ainda investe e poupa pouco". Nas entrelinhas, The Economist sugere que esse clima de crescimento foi preparado para o ano eleitoral.
MAIS UM GOL DE OBAMA: não é a lei dos sonhos, nem o sistema desejado pela maioria, mas o Senado dos Estados Unidos aprovou, no dia 20 de maio, um projeto para a reforma da regulamentação dos negócios financeiros. A legislação do Senado não bate com a aprovada pela Câmara em dezembro e, quando isso acontece, há necessidade de compatibilização entre uma e outra. Só depois, será colocada à sanção do presidente Obama.
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: a escola, templo do saber e local imaculado em qualquer país, merecedora do máximo respeito do cidadão e das autoridades, está sendo afrontada no Brasil. Infelizmente, cresce o número de notícias dando conta da agressão e violência nas escolas nacionais, principalmente no Estado de São Paulo. Como mandar um filho à escola pública se ela está cheia de ocorrências que atentam contra a educação? Às vezes, essa violência atinge os professores no interior das salas de aula. Como fazer? Evidentemente, o Estado deve garantir a ordem e proporcionar tranquilidade aos professores, alunos e seus pais.
JACARÉS: o presidente da União Geral de Trabalhadores, Ricardo Patah, em discurso proferido no auditório da FAAP, em São Paulo, surpreendeu seus ouvintes. Ele disse que, no Pará, a palavra "jacaré" tem hoje um significado diferente. Explicou que, não havendo carteiras escolares para todos, os alunos que assistem às aulas deitados no chão da escola, são chamados de "jacaré". Só no Brasil... "
UGT - União Geral dos Trabalhadores