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UGT Press 164: Censura na Internet


17/03/2010

CENSURA NA INTERNET: a China é o país que está levando a sério a polêmica questão da censura na Internet. Com o argumento de estar trabalhando contra a pornografia, a China bloqueou sites como YouTube, Facebook, Twitter, Google e Blogspot. Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, falou sobre o assunto e criticou a postura chinesa. Quem estuda o assunto, opina que a batalha pode ser mais comercial: a China copia aplicativos americanos (Google e Wikipédia especialmente) e seu Baiud.com já é líder em buscas na Internet, num país de, no mínimo, 300 milhões de usuários. É preciso considerar também que o Google se submeteu às leis chinesas, permitindo-se autocensurar na busca sobre temas como Dalai Lama, massacre da Paz Celestial, independência de Taiwan e seita Falun Gong. As informações são de Raul Juste Lores, correspondente da Folha em Pequim.

ENQUANTO ISSO... o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 8,78 em 2009, acima da meta oficial de 8%. Embora um crescimento sem paralelo no mundo, a China convive com sérios problemas capitalistas: riscos de inflação, superaquecimento da economia e situações de incerteza no mercado imobiliário. Se continuar crescendo neste ritmo, a China deverá brevemente ultrapassar o Japão e será a segunda economia do mundo. Segundo Mark Davis, a principal diferença entre a economia chinesa e as economias ocidentais, é que na China, por ser uma economia planificada e centralizada, as ordens do poder político são obedecidas.

MAS, segundo Thomas Friedman, do The New York Times, reproduzindo opinião de colegas: a China é uma Dubai multiplicada por mil". O que isso insinua? Que, em que pese o vigor da economia e seu visível crescimento, a China pode estar cheia de bolhas. O próprio Friedman dá respostas: nunca aposte contra um país que tenha dois trilhões de dólares de reservas. E, exatamente por ter um poder político forte, a China sempre será capaz de medidas corretivas. Mas, é evidente que um país com essa dimensão e vigor tem problemas e eles não são pequenos: baixas taxas de juros, crédito fácil, moeda subvalorizada, vastos estratos de consumidores chegando ao mercado, pressão por maior liberdade, relações com o resto do mundo (haverá necessidade de maior simetria econômica) e poluição, já a níveis quase insuportáveis. Para nós, a China é solução e problema. O Brasil deverá exercitar sua inteligência ao máximo para poder se relacionar bem com aquele gigante.

CHINA, CHINA, CHINA: talvez os leitores estranhem tantos comentários sobre a China. Não estamos diferentes dos demais meios de comunicação do mundo: a China é realmente o assunto predominante em todos eles. Ocorre que, para o Brasil, a China cresce em importância e preocupação. O país precisa saber antever todas as questões envolvidas nas relações bilaterais com a China, sob pena de pagar muito caro pelos erros."




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