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UGT Press 163: O Brasil diplomático


15/03/2010

TELEFONIA E INTERNET: não é a primeira vez que UGTpress denuncia que a telefonia brasileira está entre as mais caras do mundo, o que aumenta o Custo Brasil", tão caro aos nossos empresários. Acrescenta-se que, quando comparado aos países líderes, o serviço de telefonia celular do Brasil está atrasado em uma década. Em reportagem sobre o assunto, o jornal "O Estado de São Paulo" escreveu:" ... brasileiro ainda paga 10 vezes mais que um europeu para falar no celular". A reportagem baseou-se em estudo da União Internacional de Comunicações.

ERRO OU FALTA DE SORTE: a morte do dissidente cubano, Orlando Zapata Tamayo, no momento em que Lula visitava Cuba, levou vários países (e jornais) a condenarem a passividade do presidente brasileiro. Tamayo morreu depois de 85 dias em greve de forme. Os malabarismos verbais de Lula e de seu inseparável assessor internacional, Marco Aurélio Garcia, de nada ajudaram. Ambos afirmaram não conhecer o teor de uma carta dos dissidentes que pedia a ajuda de Lula e sua interferência junto ao governo cubano. Lula estava na Ilha para visitar as obras do Porto de Mariel, financiadas pelo Brasil e realizadas pela Odebrecht.

BOLIBURGUESES: magnatas pró Hugo Chávez foram presos na Venezuela. Alguns fugiram para o exterior. O expurgo nada mais é do que uma luta pelo poder no interior do governo, envolvendo espiões cubanos e militares venezuelanos. Também é a forma encontrada pelo Comandante Chávez para justificar os apagões e outros problemas com o abastecimento interno do país. O termo "boliburgueses" remete a uma classe de pessoas que se enriqueceu com o governo bolivariano e tem sido largamente utilizada pela imprensa mundial. O parlamentar Ismael Garcia, rompido com Chávez desde 2007, afirmou ao The New York Times: "Testemunhamos a batalha entre máfias concorrentes que prosperaram na esteira de Chávez".

APOIO Á ARGENTINA: a questão das Malvinas está de volta em função da decisão inglesa de explorar petróleo na área. O Brasil, coerente com sua posição assumida desde a Guerra das Malvinas (1982), novamente apóia a reivindicação de soberania argentina sobre o arquipélago. Em 1982, o apoio brasileiro suscitou uma série de fatos diplomáticos, estratégicos e comerciais. Houve evidente aproximação entre os dois países, favorecendo inclusive o aparecimento do MERCOSUL. Sem conhecimento do autor, uma única frase justifica a posição brasileira: "Brasil e Argentina estão condenados a ser vizinhos".

IRÃ: não tem a mesma repercussão a aproximação do Brasil com o Irã. Luis Felipe Lampreia, em artigo no jornal "O Estado de São Paulo" (25-02), afirmou: "À medida que esse quadro [avanço do programa nuclear iraniano] se torna mais grave, a posição brasileira de reaproximação com o regime de Mohamoud Ahmadinejad torna-se cada vez mais incompreensível e perigosa para os interesses nacionais". Lampreia é diplomata aposentado e sua opinião não representa unanimidade.

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