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UGT Press 157: Falta mão-de-obra qualificada


15/02/2010

INUSITADO: pela primeira vez no Brasil, um político é preso em pleno exercício do mandato. Não fique contente, porque há inúmeros meios de Arruda ganhar a rua. Também considere que sua ação não foi isolada e existem desconfianças que o vice (que assumiu) e muitos dos parlamentares do Distrito Federal participaram da farra. Essa farra generalizada de mensalões e mensalinhos está instalada de alto a baixo no Brasil, atingindo do maior ao menor município, do mais populoso ao menos populoso Estado e, provavelmente, em muitas de nossas instituições públicas, que, se não distribuem, recebem. Quem dera, estivéssemos assistindo a um sério programa moralizador.

CARNAVAL: não é uma invenção brasileira. Hoje, existe em vários países e alguns até fazem propaganda para atrair turistas. No Brasil é diferente e os brasileiros acreditam nisso. É diferente porque em algumas cidades, o carnaval anda de braço dado com a contravenção. O Jogo do Bicho é o menor dos males que o sustenta. Sem querer ser estraga-prazer (já sendo), é uma hipocrisia idolatrar figuras e instituições carnavalescas que tem um pé na contravenção. Ignorar essa situação durantes 5 dias não ajuda em nada.

MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA: começa a ganhar as páginas dos jornais um tema sobre o qual as centrais de trabalhadores do Brasil vem falando com certa insistência: a falta de mão-de-obra qualificada. Empresas grandes (Petrobrás, Vale e outras) e multinacionais estão sofrendo pela falta de bons profissionais e o jeito é buscá-los no exterior. O Sine (Sistema Nacional de Empregos) informa que, no ano passado, foram oferecidos (e não preenchidos) mais de 1,5 milhão de empregos. Na área superior, faltam profissionais de engenharia, nutrição, farmácia, enfermaria e contadores. Mas, não é só em áreas superiores, faltam também trabalhadores em limpeza e conservação, auxiliares nas linhas de produção, na construção civil, em operação de telemarketing e vendedores. Necessitamos de um plano emergencial.

VENEZUELA: a próxima crise mundial poderá atender pelo nome de Venezuela", voltando à existência de crises periféricas, como as que ocorreram na década de 90. Poderá ser chamada também pelo nome de Hugo Chávez, o incorrigível e autoritário presidente do país. Ele defende o "socialismo do século 21 ou bolivariano". Ninguém sabe definir o que seja isso. Com preços baixos, o petróleo venezuelano, uma das maiores reservas do mundo, pode não ser mais a "salvação da lavoura". Nos últimos 10 anos, o país poderia ter se transformado numa das mais vigorosas e promissoras economias do mundo, mas, infelizmente, caiu nas mãos de um "idiota latino-americano". Hoje, a PDVSA (empresa estatal petrolífera do país) está sem capacidade de reinvestimento e as loucuras de Chávez espantaram o investimento externo.

CONTAS EXTERNAS: UGTpress já alertou para o perigo que representa o déficit em contas correntes do balanço de pagamentos em 2010. Agora, o jornal "O Estado de São Paulo" eleva o tom e convoca os candidatos à presidência para se preocuparem com o assunto. Em seu editorial, o jornal chama a atenção para números alarmantes: déficits de 48 bilhões de dólares em 2010 e 59 bilhões em 2011. Isso significa uma redução das reservas brasileiras pela metade, num período de dois anos. Investimentos estrangeiros diretos não serão, certamente, suficientes para equilibrar essa conta."




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