28/12/2009
MORREU O INVENTOR DE CHÁVEZ: faleceu o ex-presidente da Venezuela (1969/74 e 1994/99), Rafael Caldeira. Tinha 93 anos de idade e foi ele quem transmitiu o cargo a Hugo Chávez, em 1999. Como se sabe, Chávez tentou um golpe militar em 1992 contra Carlos Andrés Pérez e foi anistiado por Caldeira, através de indulto que beneficiou todos os militares envolvidos na tentativa de golpe. Depois da anistia, Chávez foi eleito presidente. O filho de Caldeira disse que não aceitará homenagens do presidente Hugo Chávez (Estadão, em 25/12), já que seu pai não concordava com os rumos da atual administração venezuelana. Nos últimos anos, Rafael Caldeira transformou-se em ferrenho opositor de Chávez.
CONDENAÇÃO ABSURDA: a Folha de São Paulo divulgou em 26/12, a condenação do professor Liu Xiaobo a 11 anos de prisão por incitar a subversão". A condenação repercutiu intensamente nos meios intelectuais do mundo e um abaixo-assinado foi entregue ao governo chinês. Entre os signatários estão nomes como Umberto Eco, Salman Rushdie e Margaret Atwood. Segundo o Ministério de Relações Exteriores da China, os pedidos de intelectuais e governos de outros países em defesa da liberdade do professor de literatura Liu Xiaobo, não passam de "uma grossa interferência nos assuntos internos da China". Organizações de direitos humanos protestaram contra a condenação, conseqüência de protestos políticos.
ESTRELAS: em meio ao caos e apagões aéreos, surgem com entrevistas de páginas inteiras, quase festejados, nomes como o do empresário Constantino de Oliveira Junior (Gol/Varig) e do ministro Nelson Jobim (Defesa). Um fala sobre investimentos e melhorias, uso intensivo da internet e compra de novos aviões e o outro, justifica as trapalhadas na compra de equipamentos de defesa. O jornal fez as perguntas de praxe a ambos nadaram em mar favorável. No entanto, as estatísticas de atrasos e cancelamentos de voos nesses períodos de feriados tem sido bem eloqüentes (ver UGTpress nº 143 de 21/12).
OBSESSÃO DE OBAMA: em sessão realizada na véspera do Natal, o Senado dos Estados Unidos aprovou reforma no sistema de saúde, com restrições e modificações, proposta pelo presidente Barack Obama. Com isso, cerca de 10% da população poderão ter acesso à assistência médico-hospitalar (mais ou menos 30 milhões de pessoas). O governo e o Partido Democrata empenharam-se particularmente na aprovação da proposta, uma das promessas de campanha de Obama. O importante da proposta é a inclusão de subsídios para quem não pode pagar o seguro (o subsídio aumenta à proporção da queda na renda), o que implicará em gastos adicionais do tesouro americano, estimados em mais de 800 bilhões de dólares.
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UGT - União Geral dos Trabalhadores