01/12/2009
INSTITUTO CONFÚCIO: A China criou o Instituto Confúcio nos mesmos moldes do British Council (Inglaterra), Instituto Cervantes (Espanha) e Instituto Goethe (Alemanha). A finalidade é promover o idioma e a cultura chinesa no mundo, ampliando o conhecimento sobre a China no exterior. Em entrevista ao correspondente da Folha de São Paulo em Pequim, jornalista Raul Juste Lores, o vice-presidente da instituição, Ma Jianfei, informou que em cinco anos o Instituto Confúcio já produziu material didático em 42 idiomas. Segundo ele, o orçamento de cerca de cem milhões de dólares/ano ainda é pequeno, mas reforçado por verbas extraordinárias dos Ministérios de Comércio Exterior, Finanças e Relações Exteriores.
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL: a obrigatoriedade de destinar recursos para a ajuda internacional existe no mundo, porém, poucos países atingem a marca desejada pelos organismos internacionais. Entre os mais presentes estão os países nórdicos. Recentemente, a Confederação Sindical Internacional (CSI) realizou em Estocolmo (Suécia), um proveitoso encontro sobre o tema, onde compareceram ministros de Estados e burocratas da União Européia encarregados de departamentos voltados ao tema da cooperação internacional. O encontro foi organizado por Jan Dereymaker e aconteceu no centro de convenções Runö Kursgard", da Confederação Sueca de Trabalhadores.
MUDANÇA DE PADRÃO DO BRASIL: o Brasil foi um país tradicionalmente recebedor de recursos internacionais e, durante décadas, suas organizações não-governamentais e centrais sindicais receberam recursos dos Estados Unidos e de diversos países da União Européia. Hoje, há uma nova realidade. Sabe-se que a África necessita de maior ajuda e que os países do leste europeu entraram no circuito de necessidades. Mas, países como Índia, China, Brasil e Rússia (para ficar somente nos quatro maiores emergentes) estão mudando de padrão e sendo encorajados a se tornar possíveis doadores de recursos. No Brasil, existem os contrastes de sempre: a realidade mostra regiões muito pobres e regiões bastante desenvolvidas.
PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA: o Brasil começa a organizar ajudas pontuais aos países de língua portuguesa, principalmente aos da África. Ainda estamos começando e aprendendo. Não há critérios e nem se sabe quais as entidades que estariam operacionalizando esses recursos de cooperação internacional. Há outra prioridade: a América do Sul. O Brasil precisa olhar com maior atenção para seus vizinhos e começar uma ampla gama de cooperação em diversos setores, incluindo o militar, o sindical e o educacional. Não haverá como ocupar um papel de líder sem a preocupação com a qualidade de suas relações internacionais.
CENTRAIS SINDICAIS: as centrais sindicais brasileiras estão dispostas a assumir um protagonismo responsável nessa questão relacionada com a cooperação internacional. Como nas melhores democracias, a ajuda internacional deve ser terceirizada para suas melhores instituições e, as centrais brasileiras tem um longo histórico de experiência na aplicação de recursos, prestação de contas e relatórios de aplicação. O período em que o Brasil foi receptor de recursos serviu para aparelhar as organizações sindicais, de forma que elas se sintam com capacidade para ajudar o país nesse novo desafio. Esse seria mais um salto do governo Lula em direção à inserção do país no universo da cooperação internacional."
UGT - União Geral dos Trabalhadores