10/09/2009
NEGÓCIO ESDRÚXULO: pouco discutido e, segundo alguns, obedecendo exclusivamente aos interesses civis", as compras do Brasil em submarinos, aviões e helicópteros, de bilhões de dólares, começaram a receber tímidas críticas em colunas independentes. A grande imprensa limitou-se a noticiar a presença do presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a anunciar a assinatura do acordo que envolve, inicialmente, mais de 10 bilhões de dólares, mas que, de acordo com entendidos, deverá crescer no decorrer dos anos. Racionalmente, é difícil aceitar que um país com 30 milhões de pobres (no mínimo), sem educação básica eficiente e com saúde precária seja tão irresponsável a ponto de gastar bilhões em armamentos. DIA DA PÁTRIA: o 7 de Setembro, Dia da Independência, já foi mais comemorado, sobretudo nas escolas brasileiras. Os desfiles escolares da atualidade perderam parte de seu brilho. O país é dual: de um lado as carências habituais e, de outro, o ufanismo que se reverbera nas compras militares e nos planos de exploração do pré-sal. Lula compareceu no domingo (6/9) às televisões abertas e fez vigoroso pronunciamento, tecnicamente aludindo ao futuro do país e à preocupação com nossos filhos e netos. Politicamente correto, apenas isso. OPÇÃO POLÍTICA: os mais otimistas estão saudando a opção de Lula por se aliar tecnológica e militarmente à França e, devagar, se despreendendo da influência americana. Dependência é dependência em qualquer latitude. Os americanos estão implantando bases militares na América do Sul e, segundo os esquerdistas de plantão, "de olho em nossa Amazônia". Para os analistas militares mais realistas, um porta-aviões carregado de caças militares de última geração é suficiente para aniquilar quaisquer dos exércitos sul-americanos. Então, de acordo com este raciocínio, são necessárias as bases militares? Um dos grandes problemas dos americanos nas próximas décadas será desatar o nó e a dependência em relação à indústria militar. É essa indústria que mantém vivo o interesse bélico das nações. BANCOS OFICIAIS: a crise abriu as cortinas de diversos setores, especialmente do setor bancário, colocado nu diante das incertezas futuras. Nessa corrida para a recuperação deve ser destacado o velho papel dos bancos oficiais: foram eles que mais investiram, que mais reduziram os juros e que mais emprestaram às pequenas e médias empresas. Em entrevista de página inteira na Folha de São Paulo, Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, defendeu a tese que se 70% do BB são propriedade da União, o banco deve atrelar-se às políticas públicas. E concluiu: "se fosse para ser somente mais um banco comercial, não haveria razão de ser um banco controlado pelo Estado". UGT NO CAMPO JURÍDICO: a União Geral de Trabalhadores, sob a presidência de Ricardo Patah, está investindo na preparação de advogados para melhor atuar nas questões trabalhistas. Acaba de assinar convênio com o renomado "Escritório de Advocacia Amauri Mascaro Nascimento". No dia 15 de setembro, realiza encontro com os advogados de suas organizações filiadas da capital para explicar os termos e alcance do convênio. "
UGT - União Geral dos Trabalhadores