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13/05/2009

PASSAGENS AÉREAS: a imprensa descobriu o óbvio: o escândalo das passagens aéreas não é novo, apenas assumiu um grau de perplexidade porque estampado nas páginas dos jornais. O sistema vigora no Legislativo desde muito tempo. O próprio presidente Lula declarou que, quando deputado, repassava passagens para seus companheiros (leiam-se dirigentes da CUT). Claro que é um dos muitos absurdos de nosso sistema de remuneração dos parlamentares e, como tudo, precisa ser regulamentado, ter critério e ser transparente. Como não é nada disso, quando vem a público, torna-se um escândalo. Acredita-se que, com esses casos pequenos, a grande imprensa diverte o público e finge cumprir o seu papel. Ao largo, passam os grandes casos: alguém ainda fala sobre o caso Camargo Corrêa?

O AVANÇO DA CORRUPÇÃO: em certo momento do Campeonato Paulista de Futebol, um jogador foi acusado de ter sido comprado por agentes do time adversário. Não se sabe a extensão do caso e nem como terminou, mas o referido jogador cometeu um pênalti bizarro na partida. É de se perguntar: se há corrupção em todas as instituições, por que ela ficaria fora do futebol e de outras coisas mais prosaicas? Assim, vamos assistindo a escalada da corrupção penetrando todos os meandros da vida nacional e tornando-se um vírus hereditário da sociedade brasileira. Por isso, para alguns, o escândalo das passagens não passa de hipocrisia".

RONALDO E O ÓBVIO: apesar de não ter jogado bem na decisão do Campeonato Paulista de Futebol, Ronaldo Nazário de Lima merece menção por seu pronunciamento feito após a partida. Segundo ele, o palco da decisão foi uma bagunça, com muitos penetras dentro de campo, com repórteres sem um mínimo de postura profissional (vale tudo para chegar perto do entrevistado) e com a desorganização de sempre dos nossos eventos esportivos, que provocou até um princípio de incêndio, visto por todos na televisão. Sem falar que duas bolas furaram em plena partida, naturalmente aquelas que passaram pelo controle de qualidade da Federação Paulista de Futebol. De novo, a pergunta: se em outros segmentos as coisas não vão bem, porque iriam bem no futebol?

"SUPREMOCRACIA": o termo foi cunhado pela Folha de São Paulo. Aqui neste modesto UGTpress, em várias ocasiões, se chamou a atenção para o avanço do STF (Supremo Tribunal Federal) em cobrir a lentidão legislativa brasileira, promovendo decisões típicas do Poder Legislativo. A última ação do STF foi a revogação da Lei de Imprensa e, segundo contam os jornais, outros assuntos passarão pela esfera do Supremo e podem ser resolvidos à revelia do Legislativo. Nossa Câmara Federal e Senado da República são instituições desprestigiadas, envolvidas em escândalos, extremamente morosas e que trabalham a reboque do Poder Executivo.

FRASE: "Na omissão do Congresso, é melhor que o Judiciário atue para criar algum tipo de parâmetro legal. Porém, o desejável a longo prazo é que cada poder funcione adequadamente de acordo com o que se espera dele constitucionalmente" (Prof. Fábio Wanderlei Reis, UFMG, na Folha de São Paulo, em 4 de maio)."




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