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UGT PRESS 119: Sarney: um homem incomum


29/07/2009

TLCs: os Tratados de Livre Comércio continuam a ser estabelecidos pelas centrais sindicais como objetos espúrios do comércio internacional. Na Colômbia, CGT, CUT e CTC, as três maiores centrais afiliadas da CSA (Confederação Sindical das Américas), organizaram um Comando Nacional Unitário Frente a Los TLCs". Júlio Roberto Gomez, presidente da CGT, membro do Conselho de Administração da OIT e vice-presidente da CSA, é enfático em numerar as causas da obstinada oposição aos TCLs: a) não há verdadeiros processos de negociação
b) ao se estancarem as negociações sobre a Rodada de Doha, as superpotências impõem pressões em matéria de livre mercado
c) interferem na autonomia administrativa e legislativa dos países em desenvolvimento
d) no caso da Colômbia, a guerra ao narcotráfico se converte numa ferramenta de pressão contra o país. Júlio enumera mais de 10 pontos negativos e diz que "os TLCs são nocivos aos países em desenvolvimento".

TEERÃ: já há algum tempo, o Irã vem preocupando o mundo, seja pela ameaça nuclear ou pela falta de transparência no trato democrático das questões nacionais. A CSI (Confederação Sindical Internacional) acolheu lideranças sindicais perseguidas e denunciou a falta de liberdade sindical do país. Agora, as denúncias se voltam para as últimas eleições presidenciais, com suspeita de fraude. O pior é que o governo tem sido duro e repelido as manifestações. Denúncias da ONG Repórteres Sem Fronteiras dão conta do desaparecimento de prisões e de desaparecimentos de jornalistas. Apesar das represálias, os protestos em Teerã, a capital do país, foram intensos, mas o assunto já saiu da mídia.

JOSÉ SARNEY: às vezes não vale a pena escrever sobre certos assuntos, tão repetitivos são. A corrupção é uma dessas endemias que, no Brasil, veio para ficar e se amplia interminavelmente. Os escândalos do Senado Federal, uma instituição com menos de 100 senadores e quase 10 mil funcionários, são por si só eloqüentes o suficiente, mas sempre há novos argumentos. O mais revelador pertence ao presidente Lula: "Sarney não pode ser tratado como uma pessoa comum". Talvez não possa mesmo, pois nenhuma pessoa comum é capaz de nomear, através de ato secreto, um parente que se encontra na Espanha para "trabalhar" em Brasília, exatamente no Senado presidido por Sarney, corretamente identificado como pessoa incomum. O assunto continua rendendo por outros pormenores.

BARACK OBAMA: a verdadeira face de Barack Obama ainda não está visível e seus atos, como todos os atos em época de crise, são superlativos. Todavia, há que se curvar diante de sua tentativa de domesticar o sistema financeiro americano, causador desta enorme confusão que se abateu sobre o mundo. Seu projeto aumenta a regulamentação, dá enormes poderes ao Banco Central (estaria imitando o Brasil?) e cria uma agência para fiscalizar os produtos financeiros (lembre-se que lá as agências funcionam). Não se poderá alegar que o presidente americano está omisso diante do problema.

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