21/03/2016
CLIMA NO MUNDO: que as ações humanas estão comprometendo o clima no mundo, ninguém mais duvida. Há esforços diplomáticos, simpósios sobre meio ambiente e cúpulas internacionais envolvendo o tema. A última cúpula foi a de Paris, entre 30/11 e 12/12 do ano passado, com a presença de muitos chefes de Estado, incluindo a brasileira Dilma Rousseff. O resultado, segundo a CSA (Confederação Sindical dos Trabalhadores/as das Américas), foi “um acordo frágil e superficial". O movimento sindical das Américas expressa sua preocupação sobre o frustrante acordo de Paris” (site www.csa-csi.org). A CSA compareceu à cúpula com grande delegação, chefiada por seu diretor Rafael Freire Neto, que declarou: “Apesar do acordo reconhece a necessidade de avançar para evitar o colapso do planeta, há um sentimento de que o mais importante na COP21 foi a articulação dos governos, corporações, setor financeiro e algumas organizações, com um único objetivo: ter um novo sistema capitalista que favoreça os países mais ricos e mantenha os demais reféns do uso de novas tecnologias”.
POSIÇÃO DOS TRABALHADORES: a delegação da CSA e de suas organizações filiadas rumaram para Paris com três linhas de ação consideradas em termos de cuidados em relação aos efeitos sobre empregos nas comunidades, apoio financeiro às ações preventivas e corretoras, e medidas em favor das populações mais vulneráveis e suas comunidades. Na verdade, os trabalhadores vêm participando de todas as iniciativas que têm como objetivo a saúde ambiental e a manutenção das condições ideais para a vida na Terra. Os esforços dos trabalhadores, do ponto de vista moral e ético, são superiores aos esforços dos governos e das corporações. Estas, lamentavelmente, pensam somente nas conseqüências imediatas das medidas protetoras e procuram evitar aumento de custos e redução de lucros. Visão basicamente monetarista da questão ambiental.
PRIVACIDADE: parece coisa simples, mas não é. Os recursos utilizados pelas empresas produtoras de smartphones, tablets, computadores e outros equipamentos digitais, todos com capacidade de encontrá-lo ou determinar a sua localização, começam a preocupar, especialmente pela possibilidade de outras pessoas terem acesso a você. Essa possibilidade afeta algo que é muito caro ao cidadão, a sua privacidade. Ainda poucos desses dispositivos eletrônicos possuem ajustes finos que permitam “obstar ou impedir” a sua localização. Cada vez mais há progressos nesses brinquedinhos e cada vez mais há vulnerabilidades diante de seu potencial de “serviços”. Para desconectar-se totalmente, o usuário desses produtos deve deixar de utilizá-los ou de levá-los em locais onde não queira ser encontrado. Difícil, não?
PROMOÇÃO: a nomeação do ex-ministro Joaquim Levy para a área de finanças do Banco Mundial (BM) tem surpreendido a todos. É notório que uma nomeação dessa natureza, embora de responsabilidade do BM, não se faz sem o aval do governo. Do ponto de vista interno, a presença de Levy no Ministério da Fazenda foi um rotundo fracasso. Todos os índices, à exceção da balança comercial (favorecida pelo câmbio), lhe foram desfavoráveis e, de quebra, não atingiu a meta de reduzir o déficit fiscal e atingir o mínimo superávit primário a que se propôs. Mas, ele foi para o BM. Certamente, terá menos problemas do que se permanecesse no Ministério da Fazenda.
A ARTE DE GOVERNAR: no mundo moderno tem sido cada vez mais difícil a arte de governar. Os governos, os cargos políticos, hoje, são vistos como oportunidade de ascensão econômica e não mais como a arte de gerir interesses coletivos. Assim, não está fácil encontrar um estadista. Nem aqui nem alhures! Hoje, a mais festejada das governantes é Ângela Merkel, mas só o futuro vai permitir dizer se ela foi estadista em seu longevo predomínio político na Alemanha.
UGT - União Geral dos Trabalhadores