08/03/2016
MULHERES: neste oito de março, Dia Internacional da Mulher, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) realiza em todo o Brasil várias manifestações e solenidades alusivas à data. A principal dessas atividades ocorreu domingo em São Paulo, sob o Comando do Sindicato dos Comerciários (SEC-SP), presidido também por Ricardo Patah e uma das principais organizações afiliadas à UGT. O evento em Itaquera, no Parque do Carmo, teve como objetivo oferecer às mulheres da área "saúde, beleza e cidadania". Houve a presença da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo e shows com diversos cantores. O presidente da UGT e SEC-SP esteve presente, acompanhado de autoridades municipais e estaduais.
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA: depois da Segunda Guerra Mundial, o Brasil já possuía a Usina de Volta Redonda e outras empresas importantes, como a Vale do Rio Doce. Já podia pensar em outras iniciativas no campo industrial. Na década de 1950, na vigência do governo democrático presidido por Juscelino Kubitschek de Oliveira, a industrialização recebeu grande impulso dentro do Programa de Metas anunciado pelo novo governo, cujo início ocorreu em janeiro de 1956. As primeiras fábricas foram Volkswagen (alemã), Simca (francesa) e a Vemag (nacional com capital estrangeiro associado). O Brasil, então, iniciava sua trajetória na indústria automobilística, hoje com aproximadamente 60 anos.
VEMAG: a Veículos e Máquinas Agrícolas S/A foi uma das primeiras fábricas brasileiras de automóveis. Sob licença, produziu os veículos alemães DKW (hoje, nada menos do que a Audi). A Vemag foi adquirida pela Volkswagen brasileira em 1967, que, simplesmente, não cumpriu o que anunciou e rapidamente fechou a Vemag.
FNM: a Fábrica Nacional de Motores foi um projeto mais antigo, concebido ainda no Estado Novo (1939). Inicialmente, a FNM, por inspiração do coronel Antônio Guedes Muniz, tinha como objetivo a fabricação de motores aeronáuticos. Efetivamente fundada em 1942, a FNM ficou mais conhecida pela fabricação de caminhões, apelidados pelo povo de Fenemê. Foi a primeira indústria a produzir caminhões no Brasil graças a um acordo com a italiana Isotta Fraschini. Depois, mais à frente, a FNM fez acordo com a estatal italiana Alfa Romeo. Sofreu intervenção militar e foi assumida pela própria Alfa Romeo. Em 1977, foi vendida à Fiat. Depois, foi fechada.
AUTOMÓVEL NACIONAL: em que pesem as heroicas tentativas de Vemag e FNM, o Brasil nunca possuiu de fato uma indústria automobilística genuinamente nacional. Entre os maiores produtores de veículos do mundo, com um mercado consumidor grande, era de se esperar que uma indústria brasileira fosse desenvolvida. A miopia dos governos, militares e civis, não possibilitou isso. O único grande projeto levado a cabo foi da Aeronáutica, quando criou a Embraer.
O AUTOMÓVEL DE HOJE: a moderna indústria automobilística deixa para trás os modelos possuidores de motores gastões e poluentes. Volta-se para os carros elétricos e econômicos, automatizados e até sem motorista. Esse é o futuro. Enquanto as indústrias locais despejam seus velhos modelos em nosso mercado, não temos pesquisas nacionais envolvendo o futuro da indústria automobilística. A GM vai apresentar a versão do carro elétrico Bolt; há boatos de que a Ford se juntou ao Google para produzir, até 2030, carros que poderão ser movidos sem motorista; automóveis totalmente automatizados ligados às casas inteligentes estão sendo desenvolvidos; as indústrias alemãs estão desenvolvendo em conjunto um serviço de mapa e navegador próprios, que saem instalados nos veículos sem depender de GPS ou Google Maps. Enfim, o Brasil precisa investir em pesquisas para criar tecnologias próprias se quiser fazer parte deste mercado que se anuncia promissor para as próximas décadas.
UGT - União Geral dos Trabalhadores