06/10/2015
CADE & UBER: estudo do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), segundo reportagens, concluiu que os serviços de transporte individual de passageiros, acionados por meio de aplicativos de smartphones (caso específico do Uber), "tendem a ser positivos". Discussão maior é se o Cade tem poder para disciplinar o assunto, constitucionalmente sob a alçada dos municípios. É provável que tenhamos situações diferentes nas capitais, onde o problema é mais sentido. Por enquanto, o Uber opera em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, onde o assunto ferve e os sindicatos estão em cima, promovendo atos de protestos e pressão política.
PORTUGAL: a pátria mãe, Portugal, flexibilizou a entrada de estrangeiros endinheirados no país. Em Portugal, os brasileiros não têm problemas com o idioma e isso interessa a muitas pessoas. Para obter o chamado "visto gold" que dá direito à residência, antes da flexibilização o estrangeiro precisava: investir 500 mil euros em imóveis; ter investimento de um milhão de euros no mercado financeiro ou abrir um negócio que contratasse pelos menos 10 trabalhadores portugueses. Ampliado, o programa agora inclui: aplicação de 350 mil euros em investigação científica ou compra de imóvel com mais de 30 anos de construção em zona de reabilitação urbana; aplicação de 250 mil euros em produção artística ou preservação do patrimônio cultural; aplicação de 500 mil euros em fundos de investimentos destinados às médias e pequenas empresas. As aplicações não são cumulativas. Desde que foi criado, o programa aportou 1,5 bilhão de euros no país e concedeu 1,5 mil vistos, o que dá uma média de um milhão de euros de investimento por pessoa. Nada mal.
OVELHA MULTIMÍDIA: uma ovelha da Austrália foi notícia na imprensa e nas redes sociais do mundo, simplesmente porque estava peluda. Mas, extraordinariamente peluda. "Parecia uma enorme bola de lã. Somente as pontas das patas eram vistas saindo da bola e tocando o chão. Havia tanta lã cobrindo sua cabeça que os olhos estavam tampados. Ela não enxergava.", escreveu Fernando Reinach no Estadão (05-09). A ovelha havia se perdido, acredita-se que ficou vagando pela região, sem ser tosada. Reinach argumentou que é um caso de seleção não natural, alheio à evolução. São animais retirados do ambiente natural e sujeitos por gerações a um processo de aperfeiçoamento genético. Isso acontece com outras espécies, inclusive plantas, que, se devolvidas ao ambiente natural, não sobrevivem. Dá muito que pensar.
PALHAÇO: a sensação das primárias americanas (escolha no interior dos partidos dos candidatos a presidente) é Donald Trump. Alguns o chamam de palhaço, outros de demagogo, dentre os epítetos publicáveis, O certo é que ele faz a festa dos jornalistas e da imprensa americana, para quem eleição é espetáculo. “A civilização do espetáculo”, com direito a livro e teses de diversos pensadores, entre os quais o Prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa. Trump pertence ao Partido Republicano, não pede doações e financia a própria campanha. Fala e faz tudo o que lhe vem à cabeça e isso o coloca sob os holofotes da poderosa mídia americana. Dos 130 milhões de eleitores, nada menos do que 60 milhões de americanos não estão dispostos a votar nele. Então, por mais que seja um macaco de circo, jamais chegará à Casa Branca.
NIZAN GUANAES: o publicitário Nizan Guanaes, homem bem-sucedido, é um incorrigível otimista. Seus artigos a cada 14 dias na Folha de São Paulo são prova inconteste. "Acordar no Brasil, muitas vezes, é um ato de teimosia. Levantar é um ato de coragem", escreveu ele em 15 de setembro. O artigo é só elogios às nossas ilhas de prosperidade (e não são poucas). Para Guanaes "todas as vezes que o Brasil se viu nessas circunstâncias, ele encontrou saída". Verdade! Mas, neste momento, possuímos a mais impatriótica classe política da história. Chega a ser risível que governadores queiram aumentar a taxa de CPMF para ter dinheiro para gastar. E chega a ser vergonhoso que o governo federal concorde com isso, porque acha que a força dos estados pode derrubar a resistência da Câmara Federal. Estamos no fundo do poço.
UGT - União Geral dos Trabalhadores