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UGT Press 328: Depois de Obama


05/02/2013

DEPOIS DE OBAMA: depois que Barack Obama tomou posse em 2008, muita coisa importante ocorreu na sociedade global. Em 2009, Brasil (Lula), Rússia (Dimitri Medvedev), China (Hu Jintao) e Índia (Manmohan Singh) reuniram-se para a primeira cúpula dos Brics. Pouco depois, o G-20 se estabeleceu como a maior influência econômica. No ano seguinte (2010), o FMI aprovou a reforma de cotas e os países do Bric concordaram em aumentar sua contribuição, reforçando sua influência nas decisões. Isso, segundo o professor Oliver Stuenkel, da FGV (Fundação Getúlio Vargas) levou a uma revolução participativa nas relações internacionais, algo que teria sido impensável em 2008, ano da eleição de Obama" (Estadão, 12-11-12).

OBAMA 2013: a partir de todas essas importantes modificações globais, Barack Obama terá pela frente o seu "abismo fiscal", algo que impactará as contas públicas americanas, retirando importantes somas de recursos do orçamento. Certamente, sem criatividade e com pouco dinheiro, haverá a possibilidade de recessão econômica. Isso, somado à crise européia, oferece um horizonte cinzento para este ano que se inicia. Com todas essas dificuldades, o presidente dos Estados Unidos vai enfrentar ainda a crescente multipolarização das relações internacionais, com novos atores globais em ação. Está parecendo que a segunda década do século 21 poderá ser o palco de profundas modificações no panorama internacional. O Brasil precisa estar atento às suas possibilidades.

HILLARY CLINTON: nem bem terminaram as eleições americanas, começam as especulações sobre o futuro de Hillary Clinton, a maioria delas falando sobre a possibilidade dela vir a ser a primeira mulher presidente dos Estados Unidos. Há dois candidatos naturais do Partido Democrata: ela e o vice-presidente Joe Biden. Mas, é muito cedo. "Se Hillary disputar novamente a presidência, ela certamente será a candidata mais bem preparada na história americana: alguém que viveu na Casa Branca, foi senadora, uma mulher que conhece basicamente todos os chefes de Estados do mundo", escreveu Gail Collins, no The New York Times, artigo que o Estadão republicou em 13-11-12. Como dizem os políticos brasileiros, "é muito cedo e muita água ainda vai passar debaixo da ponte".

INFRAERO: as primeiras privatizações dos aeroportos, em que pesem as críticas sobre o modelo adotado, segundo reportagem da Folha de São Paulo (06-01), já começam a dar resultados positivos. Mas, o interessante é que essas privatizações podem afundar o outro lado: o modelo estatal de administração de aeroportos. A Infraero vai ficar no olho do furação. Simples medidas técnicas, sem aumento de preço, melhoraram o funcionamento dos estacionamentos e, no caso de Viracopos, quase dobrou a receita. Medidas simples acabaram com o mau-cheiro dos banheiros do aeroporto de Brasília. "Os consórcios contrataram técnicos. Não tem mais essa de apadrinhados de partidos políticos", comentou Cláudio Jorge Pinto Alves, professor do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). Outra constatação, mas essa todo mundo sabe, é sobre a inutilidade da Lei de Licitações, um monstrengo que só atrasa e encarece as obras e os serviços públicos.

MODERNIZAR O BRASIL: cada vez mais, pipocam reportagens e entrevistas sobre o Brasil, a maioria delas dando receitas e palpites para o seu crescimento e a sua modernização. Via de regra, os pontos mais atacados são a burocracia governamental, a corrupção generalizada e a falta de avaliação e acompanhamento do desempenho dos servidores públicos. Nem mesmo os servidores públicos estão contra os processos de avaliação, desde que haja também do outro lado maior transparência, menos apadrinhamentos, concursos sérios e planos de carreira sustentáveis no tempo. Enfim, essas reportagens e entrevistas colocam o governo e sua estrutura como os grandes vilões do país, impedidores de seu crescimento e de sua modernização."




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