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UGT Press 334: Crack: uma tragédia


12/03/2013

CRACK: a tragédia do vício no Brasil atinge milhares de jovens em todas as grandes cidades. O crack é uma droga perversa que vicia já nas primeiras pedras. Não há escapatória e o futuro de quem fuma crack é a sarjeta, sem descartar possibilidades de furtos e roubos, os primeiros sempre cometidos contra a própria família. Enfim, é um flagelo que vem aterrorizando as famílias brasileiras. A discussão mais recente refere-se à internação compulsória, avidamente procurada pelas pobres famílias das vítimas. Para o conhecido e midiático médico Dráuzio Varella a internação compulsória talvez não seja a medida ideal, mas é um caminho que temos de percorrer" (Folha, 28-01).

ATITUDE CONHECIDA DOS BRASILEIROS: o governo de Cristina Kirchner foi admoestado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) por ter manipulado dados sobre a inflação argentina. Essa medida é um dos passos que pode resultar na expulsão (improvável) do país daquela instituição multilateral. Em linguagem futebolística, a admoestação é uma espécie de cartão amarelo. O FMI cobra da Argentina reformas urgentes no sistema de coleta de dados econômicos. Enfrentar o FMI é costume do governo argentino desde a época de Nestor, o falecido marido de Cristina. Entre nós, o hábito ficou conhecido no governo militar, quando o ministro da Fazenda era Delfim Neto. Hoje, parece, Delfim é um economista convertido e foi um dos interlocutores do ex-presidente Lula.

BIOCOMBUSTÍVEL: Jamil Chade, correspondente em Genebra, Suíça, do jornal brasileiro "O Estado de São Paulo", teve acesso ao informe da Comissão Européia e descobriu que, dentro de 10 anos, tanto Europa quanto Estados Unidos estarão produzindo e consumindo mais biocombustíveis do que o Brasil. Em 2000, o Brasil era o maior produtor do mundo e chegou a propagar o produto na Europa e reivindicar dos Estados Unidos a diminuição dos subsídios à agricultura, o que facilitaria a entrada do etanol brasileiro. Políticas desastradas, aliás comuns por aqui, mostram que houve diminuição dos investimentos e que o Brasil já chegou a importar etanol dos Estados Unidos. Em tempo: a produção de etanol na Europa também é subsidiada, embora haja maior rigor quanto a utilização de áreas destinadas à produção de alimentos. Tentar controlar a inflação com o congelamento dos preços da gasolina, só serviu para descapitalizar a Petrobrás, para criar problemas para a indústria sucroalcooleira e para melhorar os índices de popularidade dos governantes.

AUTODIDATISMO: estando no Brasil em janeiro, convidado pela Vivo Telefônica para proferir palestra, o professor Marc Prensky, especialista em educação e tecnologia, autor de vários livros instigantes, concedeu uma interessante entrevista a Davi Lira, jornalista do Estadão. Entre as idéias defendidas pelo professor Marc, sobretudo em função da má qualidade da escola formal, está a valorização do autodidatismo. "A forma como os professores ensinam é a mesma. Eles ficam em pé na frente dos alunos e apenas falam, enquanto os estudantes apenas escutam, quando escutam, e fazem anotações... O professor deve trabalhar como se fosse um guia que incentiva o aluno a ser mais autodidata" (Estadão, 28-01). As críticas do professor Marc vão desde as metodologias atuais até as disciplinas que têm sido estudadas. No caso do Brasil, a situação é muito grave e, segundo um velho professor "aqui os professores fingem que ensinam, enquanto os alunos fingem que aprendem".

CIDH: a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) não dá muita bola para as denúncias sindicais, mas sabe que dezenas de líderes estão sendo assassinados a cada ano, principalmente na Colômbia, Guatemala e outros países. Funcionando em San José, na Costa Rica, ela se dedica a importantes casos, mas age segundo a sua ótica política. Agora, ela anunciou que vai investigar um dos mais rumorosos casos da ditadura militar brasileira: o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, morto em 1975. Em entrevista em São Paulo, o filho de Vladimir, Ivo Herzog, disse: "A gente quer saber quem são os responsáveis pelo que aconteceu ao meu pai" (Folha, 23-01)."




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