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UGT Press 345: Índice de Desenvolvimento da Família


04/06/2013

IDF: o Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) foi criado pelo Governo Federal em 2.002. Com dados colhidos pelo próprio governo, o IDF possibilita medir a situação dos pobres a partir de seis dimensões: desenvolvimento infantil, condições habitacionais, vulnerabilidade da família, disponibilidade de recursos, acesso ao conhecimento e acesso ao trabalho. Reportagem da Folha de São Paulo (27-05) sobre o assunto, mostra que pobres não acessam a maior parte dos direitos ligados ao trabalho e à educação". Marcelo Medeiros, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), diz que "estamos acostumados a dar muita atenção à pobreza de renda, mas nem a pobreza e nem a renda resumem os grandes desafios que temos que enfrentar". Abaixo da média no IDF estão exatamente os itens "acesso ao conhecimento e o acesso ao trabalho". Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Social justificou dizendo que o "índice não capta todos os avanços" e que, no caso, a questão do conhecimento pode ser mais bem avaliada pelo Censo de Educação Básica.
A MORTE DE PAÍSES: o tema não é novo e há fartos exemplos na história da humanidade, mas recentemente alguns pensadores colocaram o assunto na pauta de seus estudos. Foi o caso de Edward Hugh, economista do Foreign Policy, que utilizou a Ucrânia como exemplo: sua população vem encolhendo mais de 300 mil pessoas/ano, a taxa de nascimento está em 1,3 (abaixo dos 2,1 exigidos para a simples reposição populacional) e a taxa de mortalidade é superior a de nascimento. Tais fatores, aliados à grande migração e a uma economia comprometida, criam condições para preocupações. Joshual Keating, jornalista que escreveu um artigo sobre o tema (Estadão, 19-05), afirmou: "Um país não pode ser liquidado como se fosse uma empresa - mesmo que o Estado desapareça, ainda existirá uma porção de terra e algumas pessoas vivendo e gerindo a região. O principal obstáculo à "dissolução" de um país pode estar no fato de os outros países não desejarem se responsabilizar por ele. Que país na verdade gostaria de assumir uma região escassamente povoada e economicamente estagnada?". É essa a grande discussão do momento vivida pela Alemanha.

TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO: Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), tem sido insistente na cobrança de uma solução para as obras paralisadas no rio São Francisco. Tendo passado por uma das maiores secas da história, mais do que nunca, o nordeste necessitou de água e o rio São Francisco seria a solução ideal. Começadas no governo de Luiz Ignácio Lula da Silva, em 2007, as obras já consumiram quase 4 bilhões de reais. No entanto, Dilma Rousseff diminuiu os investimentos, certamente porque o governo enfrenta entraves legais colocando em 2013 menos de 200 milhões de reais na continuidade das obras. O maior problema tem sido a erosão e os estragos nos canais abandonados. Isso vai elevar ainda mais os custos das obras e, provavelmente, será necessário prorrogar o prazo de entrega, cuja última previsão é para 2.015. Francisco Teixeira, secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, no entanto, afirma: "Não enxergo possibilidade de novo adiamento porque vamos tocar a obra agora, acelerando o ritmo e sem os problemas do passado. Esse cenário não irá se repetir" (Estadão, l9-05).

ESTAMOS PIORANDO: o professor Samuel Pessôa, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBC-FGV), deu uma verdadeira aula sobre o panorama, entre 1.947 e 2.012, das transações correntes do Brasil, mostrando que, na maioria dos anos, o país teve déficit. Segundo o professor, ultimamente, no governo Dilma Rousseff houve uma deterioração das contas na virada de 2.012 para 2.013. Ele escreveu um artigo didático e informativo - "Radiografia da piora" (Folha de São Paulo, 19-05) -, onde afirma: "Da piora na balança comercial, 57% deveram-se à queda das exportações, e 43% à elevação das importações. Da piora no balanço de serviços, 51% deveram-se à piora na conta de aluguel de máquinas e equipamentos, e 39%, à piora na conta de viagens internacionais. Ou seja, os indicadores externos sugerem que não é por falta de demanda que a economia não cresce. O problema é de baixa produtividade, e não de falta de demanda".

INACREDITÁVEL: no Caderno Mercado da Folha de São Paulo (19-05) surgiu uma notícia inusitada: "O BNDES levará mais de uma década para terminar um projeto de modernização de seus sistemas de informática e processamento de dados. O estouro no orçamento já supera 110 milhões de reais". Uma década? Ainda com estouro no orçamento de mais de 100 milhões de reais? Não dá sequer para levar em consideração as explicações do Banco, pois o projeto começou em 2.005. Se o BNDES é esse poço de incompetência, imagine o resto das instituições estatais ...
FARCs AMEAÇAM A CGT-COLÔMBIA: em comunicado divulgado no dia 30 de maio, as FARCs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) fazem uma ameaça de "ajusticiamiento" (execução) a seis dos principais dirigentes da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) da Colômbia, entre os quais o seu presidente Júlio Roberto Gomez. Imediatamente, a União Geral dos Trabalhadores (UGT-Brasil) enviou carta de solidariedade aos companheiros sindicalistas colombianos, cobrando das autoridades ações de proteção aos ameaçados e investigação do caso. A UGT é testemunha da luta de Júlio Roberto Gomez e companheiros, em todo o mundo, em favor do processo de paz na Colômbia: "falsear e denegrir a luta de líderes autênticos só serve aos inimigos da verdadeira paz", diz o documento da UGT em solidariedade à CGT-Colômbia."




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