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O bispo da Diocese de Abaetetuba, no Pará, dom Flávio Giovenale


25/04/2008

bispo da Diocese de Abaetetuba, no Pará, dom Flávio Giovenale, disse nesta quinta-feira (24) que a situação de insegurança continua no estado. Como exemplo, citou o caso de dom Ervim Krautler, da Prelazia do Xingu, que está jurado de morte.

Dom Flávio informou também que as ameaças de morte que ele próprio vinha sofrendo cessaram após a nota divulgada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no último dia 10. O bispo de Abaetetuba começou a ser ameaçado em meados do ano passado, por causa de denúncias de tráfico de droga.

Mas continua a preocupação em relação a dom Erwin, porque não se sabe nada sobre a investigação. Entendemos que a polícia muitas vezes tem que manter as investigações sob sigilo, mas sentimos falta de comunicação. Pelo menos para quem está diretamente interessado ou ameaçado", afirmou o bispo de Abaetetuba.

Há dois anos, dom Erwin está sob proteção do Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, ligado à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH). Há pelo menos 10 anos, ele passou a ser ameaçado de morte, segundo dom Flávio, por denunciar irregularidades no sul do Pará.

Inicialmente, eram casos de grilagem, invasões de terras e extração ilegal de madeira. Há cerca de 10 anos, dom Ervim denunciou a castração de vários meninos da região, que eram seqüestrados e, em alguns casos, mortos.

"A gota d'água foi essa rede organizada em Altamira para a exploração sexual de crianças e adolescentes", disse dom Flávio. "Naquela região, os ameaçadores demonstraram que não era só intimidação, mas que podem concretizar aquilo que ameaçam", afirmou o bisco de Abaetetuba, em referência ao assassinato na religiosa norte-americana Dorothy Stang, na mesma área do estado onde dom Erwin trabalha.

De acordo com o coordenador geral do Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos da SEDH, Fernando Matos, as denúncias estão sendo acompanhadas e investigadas.

Pouco depois da nota publicada pela CNBB, revelou Matos, foi realizada uma reunião com a Polícia Federal para pedir apoio na investigação das novas ameaças. "Desde antes da divulgação da carta da CNBB, a secretaria, por meio da ouvidoria e do Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, vem acompanhando a situação grave e preocupante das denúncias no estado no Pará", afirmou.

Na quarta-feira (23), o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana aprovou a ida de uma comissão especial para ouvir os três bispos ameaçados de morte. "Nós ouviremos pessoalmente os bispos, as suas denúncias, as suas preocupações em relação à exploração sexual infanto-juvenil e ao tráfico de drogas. A partir disso, acionaremos as estruturas policiais do estado e, se necessário, as federais para dar prosseguimento nas denúncias", disse Matos.

No contato com os bispos também devem ser repassadas informações sobre o andamento das investigações, tanto das denúncias quanto das ameaças.

Fonte: Agência Brasil "


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