Enilson Simões de Moura
Vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores
Estamos todos em perigo
20/11/2024
A cada momento que passa o cerco se fecha contra os mandantes do golpismo assassino, no entanto, os líderes, estão ainda à solta. E eles, à solta, representam um grande perigo para todos nós, cidadãos comuns. Parece óbvio que não se desarticularam. Estão aí, diariamente mergulhados em teorias conspiracionistas inspirados por plataformas que semeiam a desinformação, o pânico moral, o medo absoluto. Chamá-los de “vândalos” ou de “bestões” é um grave erro. São pessoas comuns sim, mas que foram transformadas pelo ódio, pelo fanatismo implantado pelos fundamentalistas das igrejas e movimentos fanatizados. Em “Homens Comuns”, Vide Editorial, Christopher Browning descreve como se deu o recrutamento de assassinos das SS que serviam nos campos de concentração e participaram de fuzilamentos de crianças, mulheres, idosos e todos aqueles que não serviam mais aos objetivos do regime. Eram carteiros, negociantes, empreendedores, padeiros que, envenenados e doutrinados no ódio se transformaram em assassinos frios. Em sua página 163, ele diz: “A guerra, uma luta entre “nós” e o “inimigo”, cria um mundo polarizado no qual “o inimigo” se torna um objeto e é removido da comunidade humana”. Os bolsonaristas substituíram os judeus da Alemanha Nazista pelos negros, pelas mulheres, pelos LGBTs, pelos nordestinos, pelos “comunistas”. Para falar na linguagem dos fanatizados, são os “do mundo”, enquanto “eles” são os escolhidos. Matar os “do mundo” é quase que fazer o “serviço de Deus”. O que é preciso mais para acontecer? Eles estão aí aprendendo, nas “redes sociais” a fazer bombas e a semear pânico. É preciso uma bomba em local público? É preciso que outro fanático assassino se imole levando junto outras pessoas?Os grupos neonazistas estão aí recrutando a “gente de bem” para que façam o serviço sujo que os “generais” não fazem. É preciso que governo, judiciário e Polícia Federal saibam que não haverá nenhuma sublevação se prenderem Braga Netto e Jair Bolsonaro. O primeiro é um nada, o segundo está a caminho de se tornar um micróbio. Ainda assim, podem se articular com seus “kids pretos”, uma facção dentro do exército que precisa ser extinta ou ter seus objetivos rapidamente revistos. Melhor seria se fossem combater narcotraficantes nas fronteiras do país. Parece que possuem pouca atividade e, como dizia minha avó, “cabeça vazia, oficina do diabo”. Prendam Braga Netto! Prendam Jair Bolsonaro! Prendam os cabeças do golpe antes que eles promovam algo muito pior do que já vimos. E acabem com os “kids pretos” golpistas. Enilson Simões de Moura – AlemãoMembro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social SustentávelVice Presidente Nacional da União Geral dos Trabalhadores - UGT