13/05/2015
No primeiro dia de greve dos servidores do Itamaraty, ao menos 70 dos 227 postos do Brasil no exterior registraram paralisações nesta terça (12), segundo o Sinditamaraty --que representa os funcionários. A adesão foi vista principalmente entre oficiais e assistentes de chancelaria, mas diplomatas também pararam em alguns postos.
O consulado de Nova York ficou aberto apenas para serviços emergenciais. Também houve paralisações na missão brasileira na ONU, em Nova York, nos consulados em Washington e outras três cidades americanas, além de embaixadas em Londres, Madri e Nairóbi (Quênia).
Entre os serviços que não pararam estão o atendimento consular de emergência, que inclui emissão de passaportes e vistos em casos de risco de saúde ou segurança, e o pagamento de contas do posto. Nesta quarta, a greve segue, mas haverá nova assembleia para decidir se ela se estende pelo resto da semana.
A principal reivindicação é a garantia do pagamento do auxílio-moradia, que, no último ano, chegou a ser atrasado em três meses. Em abril, o ministério pagou o trimestre atrasado, mas a parcela do início de maio já está atrasada.
"Eles acenam com um pouquinho, mas a gente continua na mesma insegurança", diz Tatiana de Garcez, oficial de chancelaria na embaixada de Londres e teve que retirar mais de R$ 45 mil da poupança para cobrir parcelas em atraso.
"O auxílio corresponde a cerca de 120% de nossos salários", afirma Helder Nozima, vice-cônsul em Nova York. O Itamaraty diz estar em contato com outros ministérios para tentar resolver problemas relacionados a orçamento.
Fonte: Folha de S.Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores