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GE vê oportunidade na crise energética


11/05/2015

Empresa aposta no aumento da fatia da geração termelétrica do Brasil para vender turbina

 

A crise do setor elétrico trouxe à tona a discussão sobre a necessidade de diversificação do modelo de geração de energia. E a GE Power & Water, braço para geração de energia da gigante americana GE, quer se aproveitar do debate para elevar sua participação no mercado brasileiro.

 

Ao lançar uma nova linha de turbinas a gás, a companhia enxerga os problemas energéticos no país como oportunidade de negócios.

 

"A diversificação é essencial se você quer pensar no prazo, reduzir o custo da energia e minimizar o risco de um apagão", diz o responsável pelas vendas na América Latina, Alvaro Anzola.

 

Hoje, o Brasil gera 30% de sua energia por meio de termelétricas. O objetivo, no longo prazo, é elevar a disponibilidade dessas instalações para momentos de crise, em que os reservatórios das hidrelétricas estejam baixos.

 

Além disso, o governo quer substituir usinas que geram energia usando óleo diesel --mais caro e poluente-- pelas que utilizem gás natural.

 

"Gerar 80% da sua energia com água é incrível, porque quase não há custos. Mas não vivemos em um mundo em que tudo é previsível o tempo todo", diz Anzola.

 

De acordo com Anzola, a empresa tem conversado com executivos do setor e com o governo para demonstrar as vantagens da nova tecnologia. E há razões para o otimismo: na crise energética anterior, em 2001, a GE vendeu dez turbinas a gás para o mercado brasileiro, quase um quarto das 46 em operação pela companhia no país.

 

A GE HA, nova linha de turbinas da companhia, validada na fábrica de Greenville (Carolina do Sul), deve começar a ser entregue neste ano.

 

Já há 53 seleções para as turbinas em 11 países, incluindo seis no Brasil. O negócio, com a gaúcha Bolognesi --vencedora de leilão para a construção de duas térmicas no fim de 2014--, ainda não foi fechado, e a GE não divulgou o preço das turbinas.

 

Segundo Anzola, caso os contratos sejam assinados, elas podem entrar em operação no país no primeiro trimestre de 2018.

 

IMPORTAR GÁS

O aumento de turbinas a gás no mercado brasileiro enfrenta, no entanto, um entrave. Hoje, o país não tem combustível disponível para operá-las e teria de impor- tar gás até que a Petrobras comece a produzir em quantidades suficientes --o que não deve acontecer pelo menos até 2020.

 

"É lamentável que a oferta de gás natural ainda seja um problema no Brasil", diz Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil.

 

Ele afirma, porém, que é indispensável que o país possa contar com um parque termelétrico eficiente para completar a oferta de energia.

 

Fonte: Folha de São Paulo


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