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BC eleva juro para 13,25% ao ano, maior nível em seis anos


30/04/2015

Em meio a um cenário de fragilidade da economia, com inflação em alta e recessão, o Banco Central elevou os juros básicos (Selic) em 0,50 ponto porcentual, colocando a taxa em 13,25% ao ano. Esse é o maior nível desde dezembro de 2008, quando estava em 13,75% ao ano. O comunicado após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no entanto, não trouxe novidades: era o mesmo da reunião anterior.

 

A decisão, que foi a primeira com a presença dos dois novos diretores, Tony Volpon, de Assuntos Internacionais, e Otávio Ribeiro Damaso, de Regulação, foi unânime. “Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 13,25% a.a., sem viés”, disse a nota pós-reunião do Copom.

 

Apesar do esforço recente da autoridade monetária, que desde setembro do ano passado elevou a Selic em 2,25 pontos porcentuais, as projeções indicam que será impossível à autoridade monetária cumprir sua missão institucional: manter a inflação dentro dos limites de tolerância, o que leva em conta a meta central de 4,5% com margem de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

 

Depois da alta da inflação de 1,24% em janeiro, revelada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1,22% em fevereiro, e de 1,32% em março, 58,9% da meta (já contando o intervalo de tolerância) foi comprometida apenas no primeiro trimestre. Se a previsão do mercado para abril se confirmar, um IPCA de 0,70%, apenas no primeiro quadrimestre, faltando ainda oito meses para o fim do ano, o Brasil terá acumulado 4,56% de inflação.

A decisão de hoje veio em linha com o esperado pela maior parte do mercado financeiro, que projeta, de acordo com a mediana das apostas, mais uma alta de 0,25 ponto porcentual, o que deixaria a Selic em 13,50% ao ano. Depois do comunicado de hoje, no entanto, começa o período de avaliação das palavras do BC para que se projete até onde a instituição pode ir com o atual ciclo de aperto monetário.

 

Além da ata do Copom, que sai na quinta-feira da próxima semana, os analistas ficam no aguardo do discurso de Alexandre Tombini na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que deveria ocorrer amanhã, mas foi adiado para uma data ainda não confirmada. A fala dele e esse documento irão ditar o rumo das apostas nos juros. 

 

 

Fonte: Estadão

 


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