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Dólar vai a R$ 3,30 com crise no Congresso


20/03/2015

O dólar atingiu R$ 3,30 nesta quinta (19) com o aumento da tensão no Congresso Nacional após a demissão de Cid Gomes do Ministério da Educação devido a um bate-boca com parlamentares.

 

O episódio ajudou a reverter a euforia da véspera. A moeda americana havia tido forte baixa devido à leitura de que o Federal Reserve (BC dos EUA) deverá atrasar para setembro e fazer em ritmo mais gradual o aumento nos juros.

 

Nesta quinta, porém, aumentou o coro daqueles que discordam dessa visão, veem sinais contraditórios emitidos pelo Fed e esperam uma alta mais rápida das taxas.

 

No Brasil, o agravamento da crise política se somou às dúvidas sobre o futuro das intervenções do Banco Central no câmbio e fez a moeda americana se valorizar mais fortemente do que em outros países. Entre as moedas emergentes, o real foi a que mais se desvalorizou em relação ao dólar, segundo a Bloomberg.

 

REFORMA

 

O temor dos investidores é que a crise na base aliada, com críticas e dissidências no PT e no PMDB, torne mais difícil a aprovação de um ajuste fiscal que tenha um efeito significativo nas contas do governo. E o ajuste "politicamente viável" pode não ser suficiente para evitar um rebaixamento do Brasil pelas agências de avaliação de risco, o que afugentaria mais investidores do país.

 

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, terminou o dia em alta de 1,19%, negociado a R$ 3,305. É o maior valor desde os R$ 3,327 de 1º de abril de 2003 (R$ 5,01 atualizado pela inflação).

 

O dólar comercial (usado no comércio exterior) teve valorização de 2,58%, para R$ 3,296, também o maior patamar desde 1º de abril de 2003.

 

A avaliação inicial era que a demissão de Cid Gomes precipitaria uma reforma ministerial que pudesse dar mais sustentação ao governo no Congresso. A presidente Dilma Rousseff, no entanto, descartou a reforma ministerial neste momento.

 

Os analistas aguardam o depoimento do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na terça (24), no Senado para saber sobre a continuidade do programa de intervenção no câmbio. Na quarta (18), Tombini afirmou que não há uma definição sobre o caso, mas que isso deve ocorrer nos próximos dias.

 

Desde o início do mês, o BC reduziu em 20% o volume de renovação dos contratos de swap cambial, operação que equivale a uma venda de dólares a um determinado prazo. Há no mercado US$ 112 bilhões desses contratos.

 

"O fim do programa, na nossa avaliação, é bastante provável", disse Ignácio Rey, da Guide Investimentos.

 

A tensão política levou a Bolsa a fechar com baixa de 1,11% no Ibovespa, que encerrou marcando 50.953 pontos. Foi o primeiro dia de baixa após três pregões de alta.

 

Fonte: Folha de S.Paulo


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