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Crise cria oportunidades na dívida privada


09/03/2015

Inflação, juro alto e dificuldade de financiamento das empresas, bancos e de projetos de infraestrutura. A combinação, que é perversa para a atividade econômica, hoje é favorável para pequenos e grandes investidores da renda fixa, que desde a semana passada passaram a ver, novamente, juros de 1% ao mês nas aplicações.

 

Quem precisar captar recursos no setor privado, como empresas e bancos pequenos, terá de pagar obrigatoriamente mais ao investidor do que o governo (Selic), que já está com juros recordes desde 2009. Quanto maior o risco, maior o ganho.

 

Na lista de barganhas da renda fixa, estão o CDB (Certificado de Depósito Bancário) e as LC (Letras de Câmbio) de bancos e instituições pequenas, com taxas que passam de 110% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, que seguem a Selic).

 

Também incluem papéis com isenção de Imposto de Renda, como as debêntures (dívida privada de longo prazo) de infraestrutura e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Agrícola (LCA), com taxas acima de 100% do CDI.

 

Os tíquetes mínimos de entrada recuaram e muitos desses papéis já podem ser comprados nas corretoras de valores a partir de R$ 1.000, como as debêntures de infraestrutura.

 

Os papéis emitidos pelos bancos têm cobertura de até R$ 250 mil do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

 

Já as debêntures têm o risco do projeto --que, quando têm por trás uma empresa sólida, é reduzido. No caso da Salus, o projeto é a reforma de um porto privado em Cubatão, desenvolvido pela VLI, subsidiária da Vale.

 

"Havia muito tempo não tínhamos essas taxas. A renda fixa ficou extremamente atraente", disse Carlos Ratto, presidente da Cetip, empresa que faz o registro e garante a segurança desses papéis. A Cetip desenvolveu uma plataforma que oferece CDB de vários bancos para as corretoras de valores.

 

O ponto mais frágil desses títulos ainda é a liquidez; muitos deles não admitem o resgate antes do vencimento, como a maioria das LCIs, das LCA e de alguns CDBs. Para sacar o dinheiro aplicado em uma debênture antes do vencimento, o investidor precisa vendê-la a outro aplicador, o que pode demorar ou exigir um desconto elevado.

 

Para Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper, só vale a pena comprar esses papéis se houver um prêmio de pelo menos um ponto percentual acima dos títulos do Tesouro Direto. "Abaixo disso, a liquidez do Tesouro Direto fala mais alto", disse.

 

Fabio Colombo, administrador de investimentos, ressalta que o investidor deve conhecer bem os empreendimentos e os emissores dos títulos em que vai aplicar. "Se não se sentir confortável, é melhor ficar com conhecido."

 

Fonte: Folha de S.Paulo


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