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Votação no Congresso expõe insatisfações com o Planalto


05/12/2014

Com a demora do Palácio do Planalto em definir o espaço do PMDB no novo ministério, quase a metade dos deputados do partido não compareceu na madrugada desta quinta (4) à votação do projeto que permite ao governo fechar as contas deste ano.

 

O Congresso aprovou o texto-base, mas deixou para o dia 9 a análise de uma emenda da oposição que altera parte da proposta --o que atrasa em mais uma semana a autorização para o governo flexibilizar a meta de economia para pagamento da dívida.

 

O adiamento foi provocado pela ausência de governistas que não garantiram quorum após 19 horas de sessão. Dos 71 deputados do PMDB, 40 registraram votos.

 

O PMDB da Câmara foi o líder entre os ausentes, seguido por PSD, PP e PROS. No Senado, a fidelidade dos aliados foi maior. Dos 19 peemedebistas, 12 participaram.

 

A ausência de peemedebistas expôs a insatisfação com o Planalto. Enquanto o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), passou por cima de manobras da oposição, deputados peemedebistas faziam pouco esforço, evidenciando o racha com os senadores da sigla.

 

Nos bastidores, alguns peemedebistas admitem que querem usar a aprovação do projeto como espécie de "moeda de troca" por mais espaço no governo Dilma.

 

Eles querem pastas com mais peso, como Saúde e Integração Nacional, e a indicação de nomes como Henrique Alves (PMDB-RN) e Eduardo Braga (PMDB-AM), atual líder do governo no Senado. Oficialmente, negam a intenção de barganha com a votação.

 

Ao longo da madrugada, ministros trocaram telefonemas com líderes do PT e do PMDB para tentar garantir a aprovação do projeto.

 

O Planalto agiu para invalidar um acordo que o presidente da Câmara tentava costurar com a oposição para adiar a votação. O vice-presidente Michel Temer telefonou para Alves e foi possível ouvir o deputado informando que conversou com o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) sobre o adiamento.

 

A favor do texto, o deputado Silvio Costa (PSC-PE) disse que presenciou telefonemas do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) para tucanos aprovarem a manobra, que também beneficia governos estaduais.

 

Ninguém do PSDB questionou a informação.

 

Muitos congressistas também se irritaram com o decreto de Dilma que condicionou o aumento nas verbas para seus redutos eleitorais à aprovação da manobra fiscal.

 

O debate instalou um clima de guerra no Congresso, com troca de xingamentos e até agressões físicas envolvendo seguranças.

 

Fonte: Folha de S.Paulo


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